O governo brasileiro tenta afastar a ideia de que o acordo comercial entre China e Estados Unidos pode ter impacto negativo no Brasil. Em viagem pela Ásia, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que o Brasil não tem como interferir no comércio dos dois países e que deve criar condições para chegar de forma mais competitiva em outros mercados. “Temos que fazer a nossa parte”, disse o presidente nesta terça-feira, 22. Após três dias no Japão, Bolsonaro embarca para Pequim, capital chinesa, na quinta-feira, 24.
“Conseguimos, através da infraestrutura, fazer renascer o modal ferroviário, diminuir o preço do transporte, aperfeiçoar tecnologia. Nós podemos fazer a nossa mercadoria chegar de forma mais competitiva nesse país”, declarou.
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O chanceler Ernesto Araújo afirmou que o mercado chinês ‘é imenso’ e que há uma ‘competição legítima’ entre todos os produtores agrícolas. “Nós estamos em condição de competir”, avaliou Araújo
“Isso (acordo entre EUA e China) não nos preocupa. É bom. Quanto mais comércio melhor, quanto mais dinamismo nas economias… Acho que esse entendimento (entre China e EUA) é bom para a economia mundial como um todo, aumenta a demanda, é um choque de demanda na economia mundial e pode ser bom tanto direta quanto indiretamente para a economia do Brasil”, disse.
Araújo declarou que o Brasil vê o investimento global como algo fundamental para o processo de crescimento do país e que a China é parte integrante da abertura integral que o governo prevê para o investimento externo.
“Dentro da nossa estratégia é fundamental ter o investimento internacional, a participação dos parceiros internacionais. Queremos que a China seja parte disso, é uma parte importante”, disse, destacando a participação dos chineses em investimentos da área de infraestrutura. “É uma presença útil e proveitosa para nós. Não há nenhum tipo de limitação para o investimento chinês. Queremos mais investimento chinês e mais investimento de outras fontes”, completou.