Entre os brasileiros que representavam o país no Congresso, que terminaria neste domingo, estão escritores como Lygia Bojunga e Ana Maria Machado, ganhadoras do Prêmio Hans Christian Andersen, o mais importante da literatura infantil.
? O que mais nos deixou impressionados foi quando vimos como os colegas de outros países que têm terremotos ficaram assustadíssimos. Isso nos deixou mais assustados ainda. Foi muito difícil. A sensação foi de que nascemos de novo ? afirmou Castilho.
Segundo ele, no momento do terremoto, por volta das 3h30min, todos os hóspedes correram, ainda de pijamas, para a rua, retornando apenas horas depois. O elevador do prédio, de 11 andares, não estava funcionando e várias pessoas, 500 delas participantes do congresso de literatura, se agruparam nos andares mais baixos do hotel, que estava com sua ocupação máxima. Alguns, com receio de novos tremores, estão acomodados no saguão.
? Ontem, sentimos outros tremores menores umas duas ou três vezes e todos corremos para fora do hotel de novo. O prédio está com algumas rachaduras e goteiras. Estamos passando um aperto ? disse Castilho. Neste domingo, o grupo entrou em contato com a Embaixada do Brasil no Chile.
? Estamos aqui representando o país e há pessoas muito significativas. O sofrimento de todos os brasileiros por aqui é bem grande e não queremos tratamento privilegiado. Pedimos à Embaixada, apenas que caso haja um avião para repatriamento que essas pessoas que estão conosco, muitas de idade, sejam lembradas ? explicou.
Castilho disse que as últimas informações dadas ao grupo pelas autoridades chilenas e pela Embaixada do Brasil são de que há grande possibilidade de que nesta segunda, 1º de março, o aeroporto de Santiago seja liberado para os primeiros voos comerciais depois de seu fechamento, logo após o terremoto.