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Nem com a colheita, vendas da safra 2016/2017 de soja melhoram

Cotações fracas, câmbio ruim e produtores capitalizados retardam vendas da oleaginosa em todo o país

Nenhum dos principais estados produtores de soja do país estão vendendo o grão no ritmo normal. Todos, sem exceção estão com índices abaixo da média histórica, ou do ano passado. A razão é com certeza as cotações nem tão favoráveis assim, aliadas a um câmbio baixo, que rendem um valor final desfavorável.

A comercialização da safra 2016/2017 de soja do Brasil está em 42% da produção projetada, conforme relatório de Safras & Mercado, com dados recolhidos até 6 de março. Em igual período do ano passado, a negociação envolvia 56% e a média para o período é de 51%.

Fórum Soja Brasil 2016/2017

Levando-se em conta uma safra estimada em 107 milhões de toneladas, o total de soja já negociado é de 45 milhões de toneladas.

O estado que menos negociou até o momento foi Santa Catarina, que normalmente já teria vendido 31% de sua safra, mas neste ano não negociou nem 18% ainda, quase metade da média histórica.

Segundo o consultor de mercado Carlos Cogo, tanto os catarinenses, quanto os gaúchos normalmente já não vendem muito antecipadamente, já que além de estarem próximos aos portos de embarque, não sofrem muito com problemas logísticos. “O produtor que tem soja para vender e consegue segurar, tem que esperar mesmo. Vender só para pagar os custos e aguardar uma condição melhor nas cotações e câmbio”, garante ele.

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vendas soja andamento 06-03

O Rio Grande do Sul é o segundo estado que menos vendeu, só 24% das 16,4 milhões de toneladas foram vendidas. Na média, o estado negocia 32% e no ano passado vendeu 40%. “A região está vindo de cinco safras muito boas e está capitalizado. Não fará nada no desespero”, explica Cogo.

Mas, há perspectivas de algumas pressões de baixa sobre os preços da soja neste ano, ainda mais se os Estados Unidos realmente ampliarem a área de plantio. “Pode haver um problema no caminho com o aumento da área de soja nos Estados Unidos, que pode trazer uma baixa nas cotações. Isso pode acontecer em algum momento. Mas, de uma maneira geral, a tendência é de preços firmes”, afirma. “O câmbio não vai ficar neste patamar baixo. Conforme a política de Donald Trump avançar, a expectativa é que o valor suba para R$ 3,20, no primeiro momento.”

Gráfico

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