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Neri Geller promete agilizar liberação de novos defensivos agrícolas

Ministro também afirmou que dará atenção especial a culturas de maior risco, como uva e laranjaNa noite desta segunda, dia 17, Neri Geller concedeu sua primeira entrevista ao vivo, após tomar posse como novo ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), para o programa Rural Notícias. Ele afirmou que irá agilizar a liberação de novos defensivos agrícolas.

 – Não é possível determos moléculas que, muitas vezes, já tiveram a comprovação de que não causam impacto ambiental e nem impacto na saúde humana. Conseguimos liberar dois produtos que são extremamente importantes para o combate à ferrugem asiática. Conseguimos liberar o último na semana passada e eu, pessoalmente, como ministro, vou fazer essa interlocução, vou fazer o quadro técnico do Ministério da Agricultura e acompanhar isso de perto, articulado com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Nós vamos discutir isso de frente e, se não resolver, vamos encaminhar para a Casa Civil. Essa questão vai ter uma atenção toda especial. Vamos eleger prioridades e critérios para isso – assegurou.

Em sua gestão, o novo ministro pretende desenvolver, reforçar e dar atenção especial a culturas de maior risco, como uva e laranja – setores afetados pelas adversidades climáticas e que precisam de políticas públicas eficientes.

– Com relação à Política Agrícola, no ano passado, fizemos Prêmio de Equalização de Preços Pago ao Produtor [Pepro]. Tivemos dificuldades, sim, com a citricultura, principalmente no Estado de São Paulo. Eu fui duas vezes até São Paulo e discutimos para que o setor também se organize um pouco melhor. Houve muita denúncia nos mecanismos que foram implementados e, na maioria das vezes, denúncias vazias. Infelizmente, complicaram um pouco e comprometeram o andamento dos mecanismos, que, diferentemente do milho, no Centro-Oeste, funcionaram muito bem. Conseguimos resolver parte desse problema, quase na sua totalidade, e fizemos os pagamentos – declarou.

Geller afirmou que irá se esforçar pessoalmente para resolver a questão de renegociação do endividamento dos produtores.

– Entendemos que a citricultura passou por problemas, tem um passivo de endividamentos, mas vamos ver essa questão com carinho e vamos discutir isso com o setor – disse.

As definições sobre o Plano Safra e a Política Agrícola também estão entre as prioridades de Geller.

– O Plano Safra é o principal programa do governo federal no Mapa e vai ter atenção. Vou manter a Secretaria de Política Agrícola (SPA) muito próxima de mim. Também irei discutir com o setor antes de nomear o novo secretário da SPA. Todo o calendário do Plano Safra está estruturado, todas as demandas do setor já estão sendo coletadas e, a partir da próxima semana até a primeira quinzena de abril, vamos começar a discussão com a equipe econômica e traçar metas que vão ser prioridades. Vamos dar sequência a Política Agrícola que está funcionando muito bem. No ano passado, através do Plano Safra, tivemos crédito abundante no sentido de viabilizar armazenagem, custeio, investimentos, seguros. Avançamos bastante e vamos ampliar ainda mais este ano – relatou.

De acordo com o ministro, outra meta é a estruturação e o fortalecimento da Secretaria de Defesa Animal (SDA).

– Daremos estrutura necessária a todo quadro técnico da SDA. Os fiscais vão ter um parceiro para discutir as deficiências e encontrar soluções – afirmou.

Durante a entrevista, Geller se mostrou bastante motivado pelo fato das principais entidades e lideranças do agronegócio aprovar com otimismo a nova gestão.

– Eu acompanhei essa movimentação e realmente tive bastante apoio do setor pelo país a fora. Esse apoio me remeteu, primeiro, à satisfação de vir para um cargo tão importante, eu que sou um produtor, isso me deu muita alegria, muita força. Mas, ao mesmo tempo, me remeteu a uma responsabilidade muito grande. Essas lideranças podem ter certeza que irão encontrar no Neri Geller um parceiro da agricultura, da produção nacional. Não vou abrir mão disso. Logicamente, dentro da política macro do governo federal.

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