A valorização do franco suíço reduziu o fluxo de caixa operacional da companhia entre 600 milhões a 700 milhões de francos.
Apesar disso, a Nestlé elevou ligeiramente sua perspectiva para o ano, dizendo que o crescimento orgânico ficará no lado mais alto do intervalo estimado anteriormente, de 5% a 6%. A margem operacionais também aumentará em moeda constante.
? Enfrentamos preços recordes nas matérias-primas, volatilidade extrema no câmbio e uma valorização aparentemente interminável no franco suíço. Foi um primeiro semestre desafiador, mas precisamos separar o impacto do câmbio de nossa sólida performance ? disse o diretor financeiro da companhia, James Singh.
O efeito do câmbio vai diminuir no segundo semestre, porque a deterioração das moedas em relação ao franco já estava em curso no segundo semestre de 2010.
? Então, o ponto de partida é melhor, mesmo se a situação continuar a deteriorar-se, disse o diretor de relações com investidores da companhia, Roddy Child-Villiers.
A Nestlé informou um lucro de 4,7 bilhões de francos suíços (US$ 6,44 bilhões) no primeiro semestre do ano fiscal, queda de 13,77% ante 5,45 bilhões de francos no mesmo período do ano passado.
As vendas do primeiro semestre recuaram 12,8% para 41 bilhões de francos, de 47,1 bilhões de francos. Sem o efeito do câmbio, as vendas da empresa aumentaram 7,5% no período, acima de sua meta de longo prazo, de 5% a 6%. Apesar das incertezas econômicas, a companhia manteve a meta de crescimento perto de 6% neste ano. Nos mercados emergentes as vendas da companhia cresceram 13,3%; nos desenvolvidos, 4,4%.
O diretor financeiro James Singh disse que a Nestlé continua em busca de aquisições, embora já tenha aplicado 4,5 bilhões de francos neste ano nessa estratégia. Os próximos alvos, porém, devem ser empresas menores.
? Estamos procurando por oportunidades de fusão e aquisição em todo o mundo ? afirmou.