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De acordo com o consultor de mercado Carlos Cogo, os principais fatores que pressionam a cotação da soja são os valores atuais do dólar, o El Niño e, por consequência, a grande oferta da oleaginosa por parte do Brasil e dos Estados Unidos.
– As notícias sobre El Niño nos Estados Unidos e no Brasil, a alta que o dólar teve na semana passada e as previsões de safra recorde, tanto americana quanto brasileira já refletem nos contratos negociados para agosto, setembro e novembro. Sem dúvida, a tendência é de mais quedas – afirma.
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Os contratos para julho/2015 encerrou o pregão a 9,24/bushel; agosto a 9,16/bushel; setembro a 9,07/bushel; novembro a 9,07 e março/2016 a 9,20/bushel. Como esta segunda, dia 25, é feriado nos Estados Unidos, não haverá pregão na CBOT.
No mercado interno, os preços também continuam pressionados. Para o próximo mês, o cenário não deve ser diferente com a oferta ainda alta. Cogo sugere aos produtores que conseguiram financiamentos para custeio segurar o produto neste momento.
– Os preços tendem a cair. Com isso, o produtor deve segurar as vendas e esperar uma recuperação. A não ser que seja necessário ter uma quantia para comprar insumos, já que os bancos estão sem verba de repasses para o produtor custear a safra. Só neste caso é recomendado vender com o preço baixo – orienta Cogo.
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Para se ter uma ideia da retração nos valores da oleaginosa, a maior média de preços da soja foi registrada em setembro de 2012, quando os contratos negociados fecharam a US$ 16,84/bushel.