O Brasil deve levar à 25ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 25), no Chile, em dezembro, dados que comprovam a sustentabilidade do agro brasileiro, com o uso das tecnologias de baixa emissão de carbono e o cumprimento da legislação florestal.
Segundo a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), que reuniu na última quarta-feira, 16, em Brasília, representantes do governo e do setor privado para discutir o assunto, esses dados devem ser levados à conferência em forma de indicadores e dados científicos para mostrar o diferencial competitivo do setor.
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“Um evento como a COP é importante para mostrar o que o agro brasileiro pode contribuir para a mitigação dos gases de efeito estufa, com projetos, números e ações que validem todo o potencial do nosso setor”, disse em nota o superintendente técnico da CNA Bruno Lucchi.
Para o ministro diretor do Departamento de Meio Ambiente do Itamaraty, Leonardo Cleaver Athayde, é importante que o agronegócio brasileiro demonstre um papel proativo nas discussões de mudança do clima. “Nós temos um agronegócio extremamente avançado, competitivo e que não deixa nada a desejar em relação aos nossos concorrentes. É fundamental que isso fique claro na COP.”
O assessor especial de Assuntos Socioambientais do Ministério da Agricultura, João Adrien, destacou que o governo e o setor privado estão alinhados para participar das discussões sobre sustentabilidade no Chile, em dezembro. “Nossa agricultura tem técnicas como integração lavoura-pecuária-floresta, plantio direto, fixação biológico de nitrogênio no solo que a fazem ser sustentável e competitiva. Por isso, precisa ser promovida principalmente nesses ambientes de discussão sobre sustentabilidade.”