A diversificação da produção de frutas foi tema do III Fórum Internacional da Fruticultura, realizado nesta quinta, dia 9, em Mossoró, no Rio Grande do Norte. O evento é uma realização do Sebrae e parceiros no Estado.
Segundo Paulo Roberto Lopes, técnico da Embrapa Semi-árido, a expectativa de ampliação de áreas irrigadas para a fruticultura está em torno de 85 mil hectares na região nordestina. Essa área poderá aumentar a produção e permitir a diversificação de produtos.
Nos últimos anos, o cultivo de maçã, pêra, framboesa e caqui estão sendo experimentados pela Embrapa no Vale do São Francisco com bons resultados.
? O potencial é muito grande para novos cultivos ? observou o técnico.
Manejo e produtos químicos são utilizados para simular o inverno, inexistente na região, para a maçã e pêra, frutas típicas de lugares frios. Paulo Roberto apresentou fotos para demonstrar a viabilidade dos cultivos dessas frutas, muito demandadas pelo mercado externo.
A agregação de valor na fruticultura foi tema de palestra de Victor Hugo de Oliveira, da Embrapa Agroindústria Tropical.
? Agregar valor à fruticultura antes era uma tendência. Agora, é uma necessidade ? ressaltou.
Certificados e selos de qualidade, de comércio justo, produção orgânica ou agroecológica agregam valor e serão cada vez mais relevantes para conquistar mercados, acrescentou. O papel das agroindústrias também cresce em importância na cadeia da fruticultura. Processamento, distribuição e comercialização são elos fundamentais desempenhados por elas.
Embalagens adequadas e a produção de sucos, geléias, compotas e caldas para sorvetes com frutas tipicamente nordestinas têm grande potencial para a comercialização. Só depende de campanhas promocionais, que podem ser promovidas em parceria com os compradores, observou o técnico. Esses podem ser os novos caminhos para os fruticultores nordestinos conquistarem mais mercado no Brasil e no mundo, sugeriu Victor Hugo.