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Nos bastidores, peões fazem concentração antes da montaria

Cada um tem um jeito de buscar a concentração que precisa para tentar parar oito segundos sobre um touroFesta de rodeio tem sempre um show de cantor famoso. Porém, o que muita gente não sabe é que embaixo do palco também há adrenalina e emoção. É lá que os peões esperam sua hora de montar. Cada um tem um jeito de buscar a concentração que precisa para tentar parar oito segundos sobre um touro.

Sob o palco da arena de rodeio os peões trocam informações, revisam a lista com o nome do touro sorteado para cada um e trocam a bota comum por aquela que pode garantir a segurança necessária para não cair na hora da montaria.

Eles praticamente dividem espaço com os touros. O cercado dos animais geralmente fica bem perto. São cerca de duas horas de preparo para oito segundos de provação. A tensão é grande, mesmo para os mais experientes. Por isso, concentração é fundamental.

No chão, braço para o alto e flexibilidade no corpo simulam o momento da montaria. É uma mistura de aquecimento e oração, que o goiano Wesley Lourenço costuma praticar.

? Aqui atrás eu só fico concentrando pensando no que vai acontecer na hora em que eu montar no meu boi. Fico concentrando bem, orando, pedindo para Deus que nada aconteça, que me abençoe e abençoe meus companheiros. Fico aqui concentrando para montar no meu boi ? conta Lourenço.

O paulista Marco Antonio Eguche se concentra enquanto confere o equipamento de montaria. Ele diz que também faz orações.

? Podem passar anos, por mais que o competidor seja experiente, sempre tem um pouquinho de tensão, sempre há um pouquinho de apreensão. A gente quer saber como vai ser, como é que o boi vai pular, como é que a gente vai se portar na arena, em cima do animal ? diz Eguche.

O paulista Edevaldo Ferreira fica sentado, refletindo sobre os erros e acertos de montarias anteriores. Para ele, esta é a melhor forma de se concentrar. Além da tensão natural do esporte, foi preciso ajustar o momento ideal de tirar os óculos antes de entrar na arena. Ele diz que dá um pouco de trabalho, porque nada pode sair errado. Os óculos, entretanto, não impediram o peão de acumular nove fivelas da PBR neste campeonato.

? O problema grande é quando a minha montaria é a primeira. Porque a PBR tem a abertura, eu sou um dos destaques, eles me chamam para o destaque. Aí eu tenho que descer correndo, guardar meus óculos, vestir meu capacete e ir para lá. Aí lá eu me aqueço um pouquinho, controlo a minha ansiedade, porque não é chegar lá e pular em cima do boi, então eu tento controlar minha ansiedade para montar o boi ? explica Ferreira.

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