Nota técnica da Aprosoja-MT apoia o refúgio sanitário obrigatório

Durante o 9º Circuito Aprosoja, entidade faz sugestões para regulamentar as práticas de manejo em lavouras brasileiras

Atualizado às 20h52.

Durante o 9º Circuito Aprosoja, entidade faz sugestões para regulamentar as práticas de manejo em lavouras brasileiras

Nesta quinta-feira, 31 de julho, a Associação de Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT) aprovou uma nota técnica propondo a elaboração de uma Instrução Normativa focada na normatização das práticas de refúgio no Brasil.

A prática da área de refúgio consiste na destinação de um percentual da lavoura que não contenha a tecnologia com resistência a insetos ou pragas, de igual porte e ciclo. Atualmente, não há regulamentação oficial no Brasil sobre a adoção de refúgio. A iniciativa, segundo a entidade, é motivada exatamente pela falta de uma norma sobre o refúgio.

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O primeiro ponto sugerido é a obrigatoriedade da adoção de refúgio em todas as lavouras que utilizam cultivares geneticamente modificado. A técnica de manejo deverá ser adotada em uma área que corresponda a, pelo menos, o percentual recomendado pelas empresas de biotecnologia.

Mais cedo, durante o programa Mercado & Companhia, exibido pelo Canal Rural, o diretor técnico da Aprosoja-MT, Nery Ribas, comentou sobre a necessidade das empresas detentoras da tecnologia provarem a eficiência do refúgio na área recomendada por elas.

– As empresas precisam comprovar, através de pesquisadores renomados e entidades reconhecidas, que essa tecnologia funciona na área indicada. Esse é um ponto de partida. As empresas deverão ser responsáveis sobre suas recomendações. E isso será acompanhado diretamente pela ciência sobre essas recomendações definidas. A expectativa é que a normatização do refúgio seja implementado em setembro, valendo para esta safra – explica Ribas.

A nota técnica propõe que as empresas apresentem formalmente ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) os protocolos de pesquisa e experimentação de cada tecnologia comercializada. Outra proposta é a criação de um grupo técnico-científico para acompanhar os eventos de resistência a insetos e pragas. Sua principal missão deve ser o monitoramento da eficiência de cada tecnologia em campo.

– Participamos de vários fóruns de discussão com os maiores pesquisadores de biotecnologia e de resistência a insetos. Analisamos questões técnicas, comerciais, ambientais, agronômicas. Esta nota técnica expressa uma visão consensual dos produtores de soja e milho de Mato Grosso – comenta o presidente da Aprosoja-MT, Ricardo Tomczyk.

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Nos casos de quebra de resistência, a Aprosoja-MT sugere a suspensão da cobrança de royalties pela tecnologia e a retirada total da mesma do mercado. A associação requer ainda que as empresas comercializem sementes de cultivares não portadoras do gene de resistência a insetos em proporção e volume suficiente para a composição do refúgio.

– Se ficar comprovado que o grão não funciona mais que o indicado, nós queremos que não seja cobrada a taxa tecnológica. Acreditamos que é o justo, esse é um direito de qualquer consumidor – completa Nery Ribas.

Veja a participação do diretor técnico da Aprosoja-MT, Nery Ribas, no programa Mercado & Cia desta quinta-feira, 31 de julho:

Veja a opinião da Aprosoja-MT, Ricardo Tomczyk, no Rural Notícias desta quinta-feira, 31 de julho (a partir de 04:05):

 

Soja Brasil, com informações da Aprosoja-MT e Canal Rural