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Agricultura

As notícias que você precisa saber agora para começar bem a quarta-feira

Mercado aguarda divulgação do IPCA, que refletirá o impacto da alta das commodities na inflação dos alimentos

  • Boi: arroba tem alta expressiva e encosta em R$ 244 em São Paulo
  • Milho: mercado tem lentidão, mas parece não aceitar novas baixas, diz Safras
  • Soja: alta do dólar e em Chicago gera recuperação dos preços no Brasil
  • USDA: condições das lavouras americanas de soja e milho pioram novamente
  • No exterior: mercados tentam recuperação após as fortes baixas dos últimos dias
  • No Brasil: IPCA é destaque da agenda com preocupações em relação à inflação de alimentos

Agenda:

  • Brasil: IPCA de agosto
  • Brasil: pesquisa industrial mensal regional de julho
  • EUA: estoques semanais de petróleo e derivados (API)

Boi: arroba tem alta expressiva e encosta em R$ 244 em São Paulo

O indicador do boi gordo do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), com base nos preços de São Paulo, bateu novo recorde e encostou nos R$ 244 por arroba. A cotação teve alta expressiva de 1,43% e ficou em R$ 243,9. Foi o oitavo dia consecutivo de alta e nesse período os preços avançaram 7%.

Na B3, o dia também foi marcado por altas expressivas, de forma que a curva avançou em média 1,3%. O contrato para dezembro teve ajuste em R$ 248,80, o maior desde que o contrato passou a ser negociado, e está cada vez mais próximo de bater R$ 250 por arroba.

De acordo com os dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), o ritmo de exportações de carne bovina fresca, refrigerada ou congelada segue muito forte. Na primeira semana de setembro, a média diária foi de 8,22 mil toneladas, uma alta de 5,8% em relação à média de agosto. Caso esse ritmo seja mantido, há possibilidade de o recorde de toneladas embarcadas ser batido.

Milho: mercado tem lentidão, mas parece não aceitar novas baixas, diz Safras

De acordo com a consultoria Safras & Mercado, o dia no mercado físico brasileiro de milho foi de preços firmes, mas negócios lentos. O analista Paulo Molinari diz que o mercado parece não aceitar novas baixas, pois apesar do ritmo de fixações pelo produtor ter diminuído, os consumidores também não tiveram força nas compras. No levantamento diário da consultoria, destaque para aumentos em Campinas (SP), de R$ 56 para R$ 57,50 a saca, e em Cascavel (PR), de R$ 52 para R$ 54.

Na B3, altas ainda mais fortes foram registradas e a curva avançou 2,1% em média. Dessa maneira, os contratos mais curtos, setembro e novembro, e também o de janeiro 2021 tiveram ajustes acima de R$ 58 a saca.

As exportações de milho ganharam forte ritmo na primeira semana de setembro. O volume diário embarcado foi de 472,69 mil toneladas, 54% acima de setembro de 2019 e 53% acima da média diária de agosto. Caso o ritmo seja mantido até o fim do mês, a expectativa é que as exportações superem as 9 milhões de toneladas de milho.

As condições das lavouras de milho dos Estados Unidos pioraram novamente e as que estavam em condições boas ou excelentes na semana passada eram 61%, ante 62% na semana anterior. Ainda assim, ficaram dentro do esperado pelo mercado, de acordo com a Reuters.

Soja: alta do dólar e em Chicago gera recuperação dos preços no Brasil

O dólar avançou 1,1% para R$ 5,365 e a soja em Chicago subiu 5 cents, ou 0,52%, para US$ 9,73 por bushel no contrato para novembro. Essa inclusive foi a décima primeira valorização consecutiva da oleaginosa na bolsa americana. Dessa forma, os preços nos portos brasileiros encontraram suporte para recuperação. O indicador do Cepea para o Porto de Paranaguá (PR) subiu 0,8% e ficou em R$ 135,17 por saca.

O ritmo de exportações caiu bastante na primeira semana de setembro e evidencia a escassez da soja no Brasil. A média diária embarcada foi de 188,77 mil toneladas e ficou 36% abaixo da registrada em agosto.

No relatório do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) sobre as condições das lavouras norte-americanas, as em excelentes ou boas condições recuaram de 66% para 65%. Esse resultado foi um pouco melhor que o projetado por analistas consultados pela Reuters, que esperavam queda maior, para 64%.

No exterior: mercados tentam recuperação após as fortes baixas dos últimos dias

As principais bolsas operam em alta e tentam se recuperar após as fortes baixas dos últimos dias. As ações de tecnologia nos EUA impulsionaram um movimento de forte correção nos últimos três pregões. Os investidores se preocupam com os sinais de retomada econômica e situação fiscal dos países pós pandemia. O mercado monitora a pausa nos testes com a vacina de Oxford contra o coronavírus, após um voluntário apresentar reação adversa no Reino Unido.

Os preços do petróleo seguem o mesmo caminho das bolsas e sobem após uma queda superior a 6% no pregão de terça-feira, 8. Na mínima do dia, o WTI, preço do petróleo nos EUA, chegou a recuar mais de 9%.

No Brasil: IPCA é destaque da agenda com preocupações em relação à inflação de alimentos

O IBGE divulga nesta quarta o resultado do IPCA de agosto. A forte da alta das commodities agrícolas tem elevado as preocupações do mercado em relação à elevação da inflação de alimentos. O IGP-DI divulgado nesta terça pela FGV ficou bem acima do projetado pelo mercado e foi um dos maiores índices em quase 20 anos. Esse indicador tem quase 70% de sua cesta composta por preços ao produtor. Dessa forma, sofre um impacto maior e mais rápido do câmbio e da alta dos preços das commodities.

Sendo assim, os investidores monitoram se o IPCA, índice de preços ao consumidor, já está sendo impactado pelas altas nos alimentos. E caso seja, se o movimento será compensado por queda em outros grupos como serviços e bens industriais.

De toda forma, as apostas por estabilização da taxa Selic no patamar atual estão cada vez mais consolidadas. Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), o Banco Central havia deixado a decisão em aberto para os próximos encontros. Porém, os resultados dos índices de inflação após a reunião reforçam que o ciclo de queda dos juros pode ter terminado.

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