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Commodities agrícolas têm mais um dia de quedas com aumento da incerteza em relação à pandemia e Brasil tem maior criação de empregos formais em 29 anos

  • Boi: futuros recuam, mas mercado físico tem novas valorizações
  • Milho: indicador do Cepea interrompe sequência de um mês de altas
  • Soja: produtor segue focado no plantio e saca vai a R$ 178 em Rondonópolis (MT)
  • Café: preços ficam estáveis no Brasil mesmo com queda em Nova York
  • No exterior: sentimento de cautela retorna aos mercados após recuperação parcial
  • No Brasil: criação de empregos formais é a maior em setembro em 29 anos

Agenda:

  • Brasil: taxa de desemprego de agosto (Pnad Contínua/IBGE)
  • Brasil: índice de preços ao produtor de setembro (IBGE)
  • EUA: índice de preços ao consumidor de setembro

Boi: futuros recuam, mas mercado físico tem novas valorizações

Na B3, os contratos futuros do boi gordo tiveram o segundo dia consecutivo de baixas nas cotações. O ajuste do contrato de novembro, o mais negociado atualmente, passou de R$ 285,55 para R$ 284,40 por arroba. O vencimento para dezembro passou de R$ 289,65 para R$ 288,45. Diferentemente do que ocorreu no pregão da quarta-feira, 28, o da quinta-feira, 29, foi marcado por queda em toda a curva.

Ainda na contramão desse movimento, o mercado físico registrou novas valorizações. A Scot Consultoria registrou altas em 24 das 32 praças pesquisadas. No mercado paulista, por exemplo, a elevação foi significativa e chegou a R$ 3 na passagem diária. Agora, o boi gordo está cotado em R$ 274 por arroba, preço bruto e à vista. Os animais voltados ao mercado externo estão negociados a R$ 276 nas mesmas condições.

Milho: indicador do Cepea interrompe sequência de um mês de altas

O indicador do milho do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), com base em Campinas (SP), teve uma ligeira queda e passou de R$ 82,67 para R$ 82,55 por saca. Dessa maneira, interrompeu uma sequência de altas consecutivas iniciada em 29 de setembro. A cotação acompanhou a tendência negativa vista nas bolsas tanto do Brasil quanto de Chicago, onde os contratos futuros caíram pelo segundo dia.

Na B3, os contratos para novembro de 2020 e janeiro de 2021, que no meio da semana chegaram a rondar os R$ 85 por saca, ficaram em R$ 81,56 e R$ 82,19, respectivamente. O movimento de baixa no exterior foi causado novamente por um sentimento de incerteza impulsionado pelo aumento de casos de coronavírus em alguns países.

Soja: produtor segue focado no plantio e saca vai a R$ 178 em Rondonópolis (MT)

O produtor segue focado no plantio e o mercado brasileiro de soja continua com poucos negócios reportados, de acordo com a Safras & Mercado. Com quedas em Chicago e o dólar estável, as cotações oscilaram regionalmente sem tendência clara. No levantamento diário da consultoria, destaque para Rondonópolis, em Mato Grosso, onde a saca saltou de R$ 176 para R$ 178 e renovou o recorde histórico.

Em Chicago, os contratos futuros, assim como no caso de outras commodities, tiveram impacto negativo do aumento de casos de coronavírus pelo mundo. Porém, os fortes dados de exportações de soja norte-americana evitaram maiores quedas do primeiro vencimento.

Café: preços ficam estáveis no Brasil mesmo com queda em Nova York

Os contratos futuros de café arábica na bolsa de Nova York também foram afetados pelo pessimismo nos mercados em virtude do coronavírus. Com isso, as cotações chegaram a ficar abaixo de US$ 1,03 por libra-peso na mínima do dia, o que representaria o menor patamar em mais de três meses. Ao longo do dia houve recuperação, mas o fechamento ainda foi negativo.

No Brasil, apesar das baixas no exterior, os preços ficaram estáveis no acompanhamento da consultoria Safras & Mercado. No sul de Minas Gerais, o arábica bebida boa com 15% de catação terminou o dia em R$ 530/535 a saca, estável. No cerrado mineiro, arábica bebida dura com 15% de catação teve preço de R$ 535/540 a saca, também inalterado.

No exterior: sentimento de cautela retorna aos mercados após recuperação parcial

O sentimento de cautela retorna aos mercados após a recuperação parcial nesta quinta-feira, 29, das quedas ocorridas em virtude do aumento de medidas restritivas em países europeus. Com as eleições americanas na reta final e o acordo por novos estímulos fora da agenda até que o resultado seja conhecido, a incerteza aumenta. Apesar de o Produto Interno Bruto (PIB) americano ter apresentado resultado recorde no terceiro trimestre, os investidores já começam a projetar os potenciais efeitos econômicos desta segunda onda de contaminações.

No Brasil: criação de empregos formais é a maior em setembro em 29 anos

O Brasil apresentou criação líquida de 313.564 vagas formais de trabalho em setembro, de acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Foi o terceiro mês seguido de saldo positivo e o melhor resultado para um mês de setembro desde o início do levantamento, em 1992. No ano, o saldo ainda é negativo em decorrência da pandemia.

Todos os cinco setores pesquisados tiveram saldo positivo no mês, com destaque para o setor industrial, com criação líquida de 110.868 vagas. Depois, vieram os setores de Serviços, com 80.481, e Comércio, que registrou 69.239 novas vagas. Completam a lista a Construção com 45.249 e a Agropecuária com 7.751.