- Boi: contrato para dezembro na B3 supera R$ 250 por arroba
- Milho: indicador do Cepea interrompe sequência de quedas
- Soja: preços recuam no Rio Grande do Sul; mercado segue lento
- No exterior: tensão entre União Europeia e Reino Unido; futuros americanos em recuperação
- No Brasil: Bolsonaro mostra preocupação com nível do dólar
Agenda:
- Brasil: pesquisa mensal de serviços de julho (Brasil)
- EUA: exportações semanais de grãos (USDA)
- EUA: relatório do USDA de oferta e demanda mundial e norte-americana de grãos
- EUA: índice de preços ao consumidor de agosto
Boi: contrato para dezembro na B3 supera R$ 250 por arroba
O contrato futuro para dezembro do boi gordo na B3 teve ajuste acima dos R$ 250 pela primeira vez desde que passou a ser negociado. O vencimento subiu 0,30% no dia e fechou a R$ 250,30. O contrato mais negociado no momento, outubro, teve alta de 0,57% e ficou em R$ 246,70. O indicador do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) renovou o recorde histórico e ficou em R$ 247,45.
No mercado de reposição, enquanto em São Paulo o preço do bezerro renova recordes, em Mato Grosso do Sul atingiu o menor valor em três semanas, segundo o Cepea. No mercado paulista, o bezerro chegou a R$ 2.231,93 por cabeça, enquanto que no estado do Centro-Oeste a cotação ficou em R$ 2.103,07.
Na quinta-feira, 10, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou os dados referentes aos abates efetuados no segundo trimestre de 2020. Houve uma redução de 8% no abate de bovinos na comparação anual e queda de 0,3% na comparação com o trimestre imediatamente anterior.
Milho: indicador do Cepea interrompe sequência de quedas
O indicador do milho do Cepea interrompeu uma sequência negativa de seis dias consecutivos e se sustentou acima de R$ 58 a saca. O preço teve alta diária de 0,4% e ficou em R$ 58,38. De acordo com a Safras & Mercado, o mercado físico brasileiro teve preços firmes, entre estáveis e mais altos, nesta quinta-feira. Os preços em Campinas (SP), por exemplo, voltaram ao patamar de R$ 60 por saca.
No exterior, o milho subiu forte em Chicago com notícias de problemas climáticos na China, segundo maior consumidor do cereal do mundo, segundo a Agrifatto Consultoria.
Além disso, a Safras registrou que notícias de uma nova doença suína na Alemanha também podem ter impactado positivamente os preços, principal produtor da União Europeia. Pois, a recuperação do rebanho pode gerar demanda pelo milho norte-americano.
Soja: preços recuam no Rio Grande do Sul; mercado segue lento
No levantamento diário da Safras & Mercado, os preços da soja recuaram no Rio Grande do Sul e avançaram no Paraná. Em Passo Fundo (RS), a saca passou de R$ 140 para R$ 139. Na região das Missões, foi de R$ 139 para R$ 138. No porto de Rio Grande, de R$ 137,50 para R$ 137. Por outro lado, em Cascavel (PR), o preço subiu de R$ 130 para R$ 132, e no porto de Paranaguá (PR), de R$ 134,50 para R$ 135.
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) revisou a estimativa para a safra brasileira da oleaginosa e prevê agora um total de 124,844 milhões de toneladas na temporada 2019/2020. Isso representa aumento de 4,3% na comparação com a safra anterior. Na comparação com a estimativa anterior, houve incremento de 3,2% na produção.
Tensão entre União Europeia e Reino Unido; futuros americanos em recuperação
Os mercados europeus monitoram a elevação da tensão entre União Europeia e Reino Unido em relação à saída dos britânicos do bloco europeu. Um projeto de lei no Reino Unido, que na interpretação dos dirigentes da União Europeia pode modificar unilateralmente parte do acordo de saída do país do bloco, é o principal motivo das tensões políticas. Além disso, o mercado também reage à decisão do Banco Central Europeu de não alterar as medidas de política monetária, enquanto elevou as projeções para a economia da região este ano.
Enquanto isso, os futuros das bolsas americanas tentam se recuperar das quedas dos últimos dias e operam em alta. O mercado ainda tenta encontrar algum suporte técnico para os preços.
Bolsonaro mostra preocupação com nível do dólar no Brasil
O presidente Jair Bolsonaro afirmou na noite de quinta-feira, em transmissão nas redes sociais, que conversa com assessores, ministros e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, para entender os motivos da alta do dólar. O presidente disse que gostaria de entender o que poderia ser feito “legalmente, obedecendo às regras do mercado” para o dólar não subir tanto.
Na agenda desta sexta-feira, o IBGE divulga a pesquisa mensal de serviços de julho que pode dar sequência aos dados que mostram forte recuperação da economia brasileira. Na quinta, as vendas do varejo tiveram alta expressiva em julho e retomaram o nível do fim de 2014.