Endrigo Dalcin assume a entidade com o objetivo de ouvir mais os agricultores do interior do maior estado produtor de soja do país
Fernanda Farias | Cuiabá (MT)
A nova diretoria da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT) tomou posse nesta quinta, dia 10, em Cuiabá. Entre as prioridades da gestão está resolver a questões dos royalties da soja com a multinacional Monsanto.
– Nós temos essa questão. Em julho de 2015, deveria ter sido feito um novo plano de cobrança de royalties e isso não andou. Temos a Lei de Cultivares, defensivos agrícolas, vazio sanitário e outros pontos que incomodam os produtores na base e que precisam entrar em discussão – afirma o novo presidente da Aprosoja-MT, Endrigo Dalcin.
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O antecessor, Ricardo Tomczyk, sai satisfeito com a gestão que desempenhou na entidade nos últimos dois anos. A partir de agora, ele vai atuar como diretor consultivo.
– Deixo a presidência da Aprosoja-MT com a sensação de dever cumprido. A nova gestão começa alinhada, trabalhando bastante firme. Uma gestão que vai trazer inovação. Eu acredito que vão fazer um bom trabalho. Os desafios com preços baixos e altos custos estão aumentando e vamos ter problemas graves em 2016. Isto vai demandar bastante da entidade – comenta Tomczyk.
Esta foi a primeira vez que duas chapas disputaram o comando da Aprosoja-MT.
– Há uma renovação muito forte, entrando pessoas mais jovens. São novas pessoas buscando seu espaço sem menosprezar os que já estavam. Foi uma disputa democrática e foi muito bom – avalia o presidente da Aprosoja Brasil, Almir Dalpasquale.
A cerimônia de posse da nova diretoria reuniu mais de 800 pessoas, entre políticos e representantes do agronegócio brasileiro.
– O Endrigo assume com a responsabilidade de incentivar o agricultor e mostrar a força que o agronegócio tem no Brasil – afirma o presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, deputado federal Marcos Montes (PSD-MG).
–É uma entidade muito forte, renovadora, sempre trazendo novas lideranças para este meio, tirando o produtor do campo para fazer política – ressalta do senador Blairo Maggi (PR-MT).
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