A disputa está concentrada na região de Dourados, onde os guarani-kaiowá brigam há anos com fazendeiros pela demarcação de terras indígenas. A região é o principal foco de assassinatos e suicídios de índios, de acordo com o Conselho Indigenista Missionário (Cimi).
? A questão das terras indígenas no Brasil ainda precisa caminhar muito. O foco agora será Mato Grosso do Sul, a questão dos guarani-kaiowá ? disse a educadora Pierlângela Cunha.
De acordo com a liderança wapixana, que integra a CNPI, a mediação de conflitos indígenas deve integrar políticas públicas para chegar a resultados efetivos.
? É preciso que outros órgãos também lancem o olhar sobre as comunidade indígenas, não só a Funai [Fundação Nacional do Índio] ? avaliou.
A CNPI é um órgão consultivo, ligado ao Ministério da Justiça, que reúne ministérios e representantes indígenas. Sem caráter deliberativo, a função do colegiado é propor diretrizes para a política indigenista oficial. A próxima reunião da CNPI está prevista para maio.