Novaagri vence licitação do primeiro lote do Terminal de Grãos do Maranhão com proposta de R$ 62 milhões

Tegram é considerado por representantes do agronegócio do Centro-Oeste como fundamental para baratear o custo de transporte dos grãos para os mercados externosA A Novaagri Infraestrutura de Armazenagem e Escoamento Agrícola S.A venceu a licitação do primeiro lote do Terminal de Grãos do Maranhão (Tegram), no Porto de Itaqui, com uma proposta de R$ 62 milhões, de acordo com informações da Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap). A abertura dos envelopes para o primeiro de quatro lotes licitados ocorreu nessa quinta, dia 27. Uma nova sessão, com data a ser definida, será realizada para abertura dos envelopes contendo os documentos de habili

Os valores das demais propostas pelo lote 1 ficaram muito aquém do oferecido pela Novaagri. A CGG Trading S.A. ofereceu R$ 25,5 milhões; a Glencore Serviços e Comércio de Produtos Agrícolas Ltda, R$ 21,7 milhões; e o Consórcio Crescimento, formado pelas empresas Louis Dreyfus Commodities Brasil S.A e Amaggi Exportação e Importação Ltda, R$ 15,1 milhões.
 
A empresa Granol Indústria Comércio e Exportação S.A., apesar de ter feito o credenciamento de seu representante na sessão realizada no último dia 18, foi excluída do certame, uma vez que não entregou os envelopes com as propostas comerciais e documentos de habilitação.
 
Já o Consórcio Interalli, formado pelas empresas Interalli Administração e Participações S.A., CBL Companhia Brasileira de Logística S.A. e pela FSF Administração e Participações Ltda, foi desclassificado da concorrência porque não identificou os envelopes com as propostas comerciais dos lotes licitados, impossibilitando a regular abertura e análise dos documentos pela Comissão de Licitação.

Projeto

O projeto do Tegram, idealizado em 2004, prevê investimentos de R$ 262 milhões em quatro armazéns com capacidade estática de 125 mil toneladas de grãos cada (base soja). As empresas vencedoras, uma por lote, poderão explorar o negócio por 25 anos, renováveis por mais 25, e serão responsáveis pela operacionalização do projeto, incluindo o sistema de recepção e expedição da carga. Se tudo correr dentro do cronograma, esta primeira fase deverá entrar em operação no final de 2013, com capacidade para movimentar cinco milhões de toneladas ao ano. Em uma segunda fase, a movimentação pode chegar a 10 milhões de toneladas por ano.

O empreendimento é considerado por representantes do agronegócio do Centro-Oeste do país como fundamental para baratear o custo de transporte dos grãos dessa região para os mercados externos. O Tegram também deve facilitar o escoamento da produção das novas fronteiras agrícolas, na região conhecida por Mapito (Maranhão, Piauí e Tocantins). Atualmente, cerca de 80% da soja exportada pelo Brasil sai pelos portos de Paranaguá e Santos.