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Novas cultivares de trigo podem impulsionar produtividade no Cerrado brasileiro

Quatro linhagens do cereal devem ser lançadas pela Embrapa em 2015A produção de trigo no Cerrado brasileiro, principalmente irrigado, é um desafio que aumentou nos últimos anos. A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) desenvolve quatro linhagens para aumentar a produtividade da região. As cultivares do cereal devem ser lançadas em 2015. Durante os experimentos, a produtividade das espécies chegou a 10 toneladas por hectare.

– Para vocês terem um comparativo, a média nacional, hoje, é de 2.5 toneladas por hectare. Então, o potencial aqui da região do Cerrado é enorme. Outra característica importante para os triticultores é a qualidade industrial. Como o trigo é de ótima qualidade industrial, o produto tem bastante facilidade na comercialização. São trigos com alta força de glúten, apropriados para a panificação – destaca o pesquisador da Embrapa Cerrados Júlio César Albrecht.

A novidade empolga Leomar Cenci, que há oito anos produz trigo irrigado próximo ao Distrito Federal.

– A gente espera chegar a sete, oito toneladas por hectare. Além do aumento do cultivo do trigo, há outros benefícios, como a questão do solo. Depois, você vai ter uma cultura subsequente que produzirá mais, vai ter a rentabilidade que espera.

O diretor da Embrapa Cerrados, José Roberto Perez, afirma que não basta incentivar a cultura. Segundo ele, a logística tem que fazer parte das políticas públicas.

– O trigo só é viável quando tem um processamento, um moinho, a indústria do lado, para processar e colocar perto do produtor e não encarecer o custo final do produto. Porque a logística é muito cara. O futuro do trigo depende 100% de uma política de governo para incentivar a construção de novos moinhos. A qualidade do trigo tropical é superior ao tipo produzido, por exemplo, no Sul do país. Lá, temos uma diversidade muito grande de clima que até impede que a gente se torne autossuficiente. O futuro do trigo no Brasil, para sermos autossuficientes e deixarmos de importar, está no Centro-Oeste – enfatiza Perez.

O pesquisador da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA) João Carlos Felício afirma que o grande desafio do setor no país é conciliar o rendimento da lavoura, a qualidade industrial que os moinhos exigem e o combate às doenças que atingem a cultura.

– Não é fácil. Eu tenho 40 anos de pesquisa e, a cada ano, aparece um problema novo. Trigo não é uma unidade certa, é uma variável muito grande. Nos últimos três anos, a variação se deu pela giberela [fungo que causa fusariose do trigo]. Nós tínhamos um regime de chuva e a variação climática mudou muito.

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