Paste this at the end of the

tag in your AMP page, but only if missing and only once.

Novas medidas anunciadas pelo Conselho Monetário Nacional agradam CNA

Do total que os bancos destinam à agricultura, 60% deve financiar a safra e 40% poderão ser usados por agroindústrias, cooperativas, fornecedores e tradingsA Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) gostou da determinação de que 60% do dinheiro que os bancos destinam à agricultura seja aplicado no financiamento da safra e de que os outros 40% possam ser destinados ao financiamento da Cédula de Produto Rural em poder de agroindústrias, cooperativas, fornecedores e tradings. Para a entidade, isso deve trazer mais liquidez às tradings porque as empresas poderão vender as cédulas aos bancos e arrecadar mais recursos para financiamentos.

? Busca-se restabelecer o mecanismo de modo que a trading possa vender os seus produtos, fertilizantes, insumos ao produtor, e o produtor possa utilizar esse insumos, não na safra de verão, mas na safrinha ? explica Luciano Carvalho, da comissão de crédito rural da CNA.

A medida é uma das aprovadas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) nesta quinta, dia 30, e prevê que o governo federal deverá investir mais R$ 2,5 bilhões nas operações de crédito rural. As medidas têm por objetivo assegurar mais dinheiro para o financiamento da safra, apoio às tradings e aos agricultores familiares. A principal resolução é o aumento da exigibilidade da poupança rural. A partir de 1º de novembro, a parcela da poupança rural que deve ser aplicada no crédito agrícola passa de 65% para 70%.

O CMN aprovou também medidas para a agricultura familiar. Entre elas, a ampliação do Programa de Garantia de Preço Mínimo, que passa a contar com 27 itens. A resolução incluiu produtos típicos do Norte e Nordeste do país, como borracha, castanha, carnaúba e sisal.

O secretário de Agricultura Familiar do Ministério do Desenvolvimento Agrário, Adoniran Peraci, destaca outra mudança: a partir do ano que vem, as operações de investimento, assim como já acontece com o custeio, poderão ser indexadas pelo preço mínimo da produção.

Um produtor de feijão que comprou um trator de R$ 80 mil, por exemplo, pagará esse valor dividido pelo preço mínimo do grão, que é de R$ 80 a saca. Ou seja, a dívida do agricultor poderá ser convertida em produção: de mil sacas em 10 anos, ou 100 sacas por ano.

? Com essa crise financeira instalada você tem a segurança de que o seu investimento, seja um trator, uma ordenhadeira ou resfriador de leite, terá um indexador. O preço mínimo estabelecido vai indicar a quantidade devida nos próximos 10 anos ? acrescenta Peraci.

A Confederação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar (Contag) comemorou as novidades. O secretário de Política Agrícola da entidade afirma que os instrumentos anunciados são importantes para a manutenção do setor.

? Esperamos que com essas medidas a agricultura familiar e os assentados, nesse caso, possam produzir mais e ter melhor tecnificação na sua propriedade ? diz Antoninho Rovaris.

Sair da versão mobile