O teor de açúcar chega a ser 25% maior se comparado às variedades tradicionais.
Os lançamentos também atendem a outra demanda do setor: a resistência à ferrugem alaranjada. A doença está no país há menos de um ano e já atingiu 10% dos canaviais. O prejuízo anual pode chegar a R$ 1 mil por hectare.
No centro-sul do Brasil, a colheita da cana começa em março. É uma época em que a planta ainda não atingiu o melhor potencial produtivo, mas a cana é colhida mesmo assim, já que as usinas precisam atender o mercado. É por isso que o grande desafio da pesquisa é desenvolver materiais precoces, que ofereçam um bom teor de açúcar logo no início da safra. No Centro de Tecnologia Canavieira foram muitos anos de pesquisas e testes com este objetivo.
As duas novas variedades, assim como as outras produzidas pelo CTC, estão sendo multiplicadas em uma biofábrica. O local foi inaugurado no ano passado e trouxe um outro avanço para o setor de pesquisa em cana-de-açúcar. Antes, o CTC tinha capacidade para produzir 300 mil mudas ao ano. Agora, produz na biofábrica um milhão de mudas por mês.
As novas plantas já foram distribuídas para as usinas associadas ao CTC e devem estar prontas para ir para o campo na safra 2012/2013. As tecnologias são bem recebidas pela indústria.