Em sua 1ª estimativa, a Conab estima que produção brasileira vai, no máximo, ser igual à do ano passado
Daniel Popov, de São Paulo
A Companhia Nacional do Abastecimento (Conab) divulgou nesta quinta-feira (11) sua primeira estimativa sobre a safra 2018/2019 de soja no Brasil. A perspectiva é que o país deverá produzir algo entre 117 milhões (limite mínimo) e 119,4 milhões de toneladas (limite máximo), contra as 119,2 milhões de toneladas da temporada anterior. Considerando os dois limites, 9 dos 20 estados que produzem soja no Brasil devem registrar diminuição na produção e apenas 5 devem ter incremento. O restante apresenta variação negativa no mínimo e positiva no máximo.
Para comparação, consultorias brasileiras falam em 121 milhões de toneladas, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), prevê 120 milhões de toneladas e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ainda não divulgou sua projeção.
A Conab indica uma área plantada entre 35,4 milhões e 36,1 milhões de hectares, com um aumento de 0,8% a 2,9% (respectivamente) sobre o ano anterior, quando foram semeados 35,1 milhões de hectares. A Conab trabalha com uma produtividade média nacional de 3.302 quilos por hectare, com recuo de 2,7% sobre o ano anterior.
O principal estado produtor do país, o Mato Grosso, deve colher entre 31,7 milhões 32,3 milhões de toneladas, oscilando entre queda de 1,9% e aumento de 0,1% sobre o ano anterior. O Paraná tem safra estimada entre 18,9 milhões e 19 milhões de toneladas, com queda que pode ir de 1,4% e 0,9%. Os gaúchos deverão produzir entre 17,9 milhões e 18,4 milhões de
toneladas, com intervalo de alta de 4,6% a 7,8%.
Uma curiosidade é que neste primeiro levantamento, considerando os limites mínimos e os máximos, apenas cinco estados dentre os 20 que produzem soja devem registrar uma safra maior. Acre, Amazonas, Pará, Santa Catarina e Rio Grande do Sul apresentaram incrementos tanto no limite mínimo, quanto no máximo do levantamento.
Enquanto outros 9 (Roraima, Amapá, Maranhão, Piauí, Bahia, Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais e Paraná) devem registrar uma produção menor tanto nos dois limites mínimos, quanto nos máximos, segundo estudo.