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Novo Código Florestal pode beneficiar mais de 400 mil produtores no Rio Grande do Sul

Comissão da Câmara libera as pequenas propriedades de reserva legalO fim da exigência de manutenção de reserva legal equivalente a 20% da área em propriedades de até quatro módulos rurais pode regularizar a situação das terras de pelo menos 400 mil agricultores gaúchos. A mudança no texto da proposta de reforma do Código Florestal foi aprovada nessa terça, por 13 votos a cinco, em uma comissão especial da Câmara dos Deputados e deverá ir à votação no plenário depois das eleições.

A estimativa do número de propriedades que não precisariam mais recuperar a vegetação nativa é do deputado federal Luis Carlos Heinze (PP-RS). Conforme o parlamentar, membro da bancada ruralista, a projeção tem como base dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) que apontam a existência de cerca de 440 mil propriedades no RS, sendo 90% com extensão de até cem hectares.

Em uma sessão tumultuada e de troca de xingamentos entre deputados ligados ao agronegócio e ao ambientalismo, também foi aprovada uma espécie de moratória para propriedades que têm atividades em áreas de proteção permanente (APP). A regularização, com a possível definição de compensações ambientais, será feita pelos Estados, que terão cinco anos para definir um plano.

? Existem muitas áreas de APP no Rio Grande do Sul consolidadas com produção de fumo, maçã e uva ? diz Heinze.

Um ponto mantido no texto reformado pelo relator Aldo Rebelo (PC do B-SP) e que desagradou aos ruralistas foi a redução de 30 metros para 15 metros de matas ciliares em cursos d’água com até cinco metros. A bancada queria que a distância fosse reduzida para 7,5 metros e que a prerrogativa para decidir sobre o assunto fosse dos Estados.

Para o coordenador de campanha do Greenpeace, Rafael Cruz, a proposta aprovada “foi o maior retrocesso que nossa lei de florestas já sofreu”. O ativista entende que o texto é um sinal verde para o desmatamento e concede anistia ilegal para quem desmatou e cometeu crimes ambientais nas últimas décadas. Para Cruz, a mudança no Código Florestal tem interesses eleitorais.

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