O novo diretor-geral da FAO, que assumirá o cargo a partir de janeiro de 2012, esteve reunido com a presidente Dilma Rousseff. Segundo Graziano, ela anotou algumas propostas para que o Brasil ocupe o papel que se espera dele no combate à fome em todo o mundo.
? O país precisa reforçar a institucionalidade externa de uma série de órgãos ? disse Graziano.
Graziano citou o exemplo da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), que já atua na África, oferecendo assistência técnica na área agropecuária. Entretanto, acrescentou, a estatal brasileira precisa ampliar sua participação no continente africano.
Em relação aos aumentos acentuadas dos preços dos alimentos, Graziano disse que são, em grande parte, resultado de especulações. Para combater esse problema, ele considera fundamental uma maior transparência sobre a quantidade dos estoques mundiais e aperfeiçoamento dos dados estatísticos.
A África, continente mais afetado pela fome no mundo, sofre, de acordo com Graziano, com a “falta de mecanismos operativos” da FAO para atingir efetivamente o problema. Durante a campanha para a direção da FAO, Graziano defendeu a desburocratização da entidade, dando mais autonomia aos escritórios regionais, a fim de que possam agir rapidamente.