O dirigente lembra que ao definir os novos preços mínimos do arroz, o governo federal elevou os valores do Paraná, argumentando que o objetivo era desconcentrar a produção para evitar o risco de desabastecimento em caso de problemas climáticos. O preço mínimo para Santa Catarina e Rio Grande do Sul permaneceu em R$ 25,80 a saca de 50 kg.
Dornelles afirmou que é preciso considerar que as políticas de seguro e de financiamentos para custeio e comercialização levam em conta o preço mínimo, que ficou defasado em relação ao custo de produção para o próximo plantio, estimado entre R$ 30 a R$ 32 a saca, valores até 10% acima dos que vigoravam na safra passada. Ele disse que sem a correção do preço mínimo será mais difícil para o governo apoiar a comercialização da próxima safra, que deve superar a anterior, por causa do aumento da produtividade.
O novo presidente da Federarroz, que toma posse nesta terça, dia 30, às 19 horas, na sede da Federação de Agricultura e Pecuária do Rio Grande do Sul (Farsul), esteve em Brasília reunido com técnicos da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura. Dornelles afirmou que um dos assuntos discutidos foi a retomada dos leilões de estoques do governo federal para conter a alta de preços do arroz.
Ele afirmou que considera os leilões desnecessários, alegando que o setor privado tem condições de abastecer o mercado até a entrada da nova safra e sugeriu que em caso de realização dos pregões as ofertas sejam regionalizadas, com prioridade para os municípios gaúchos onde os preços estiverem mais altos. Hoje os preços do arroz no mercado gaúcho variam de R$ 33 a R$ 36 a saca de 50 kg.