Segundo o MDA, os extensionistas rurais vão passar a fazer um diagnóstico mais completo da situação familiar.
? O técnico, ele vai fazer uma grande discussão com a família, vai levantar um conjunto de informações de produção, de renda, da cadeia produtiva que a família trabalha e, a partir daí, discutir e planejar o futuro da propriedade ? explica o diretor de Assistência Técnica e Extensão Rural do MDA, Agileu Martins da Silva.
Durante a reunião das Redes de Assistência Técnica e Extensão Rural, governo e representantes das Ematers discutiram o impacto da mudança no serviço. Atualmente, o Brasil possui mais de 16 mil extensionistas. Com a mudança, a preocupação é a necessidade de ampliar o quadro de funcionários, já que o atendimento às famílias deve ser mais demorado.
Segundo a Associação Brasileira das Entidades de Assistência Técnica, todo sistema de extensão rural custa hoje cerca de R$ 1,6 bilhão no país. Deste valor, 80% vêm dos Estados, apenas 10% são do governo federal, e os demais 10% têm origem em outras fontes.
A fatia do Orçamento da União destinado à política nacional de assistência técnica vem crescendo ano a ano. Em 2007, foi de R$ 140 milhões. Em 2008, passou para R$ 197 milhões e este ano, deve chegar a R$ 261 milhões.
Para a Associação das Ematers, caso o Pronaf Sistêmico entre mesmo em vigor, o volume de recursos precisa ser maior.
? Tem que ter remuneração e tem que aumentar a participação do governo federal com os recursos. Mas a idéia é muito boa, ela padroniza a atuação em termos de Brasil, ela vai criar um banco de dados, construir e implementar políticas públicas ? diz o presidente da Associação Brasileira de Ematers, José Silva Soares.