Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a sexta-feira, dia 3, com expressiva baixa. A manutenção do dólar frente as outras moedas e a previsão de clima úmido nas regiões produtoras do Brasil nesta semana pressionaram o mercado.
A moeda americana ficou firme após a divulgação de dados positivos sobre o desempenho da economia americana, o que tirou a competitividade da soja dos Estados Unidos. Já as chuvas esperadas para o Centro-Oeste do Brasil devem viabilizar o plantio da nova safra.
O mercado também começa a se posicionar frente ao relatório de novembro do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que será divulgado nesta quinta-feira, dia 9. A expectativa é de corte na previsão de produtividade dos Estados Unidos. Este sentimento, aparentemente, já está precificado nas cotações em Chicago.
De acordo com a consultoria AgResource, esta reta final de colheita no cinturão agrícola americano tem mostrado resultados decepcionantes. O cenário climático para os principais estágios de reprodução da soja em várias partes do país, não foi tão benéfico. Produtores do Norte e Oeste da região produtora relataram produtividades de 15% a 25% abaixo dos números de 2016, principalmente para as áreas colhidas desde o fim de setembro.
No Brasil, a soja encerrou a semana com boa movimentação nas diversas praças de comercialização do país. Embora Chicago tenha encerrado com perdas, o câmbio fechou o pregão com forte elevação e proporcionou bons ganhos na sessão. Com preços firmes, houve relatos de negócios no Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso.