? Esse mercado se tornará extremamente grande ? diz.
A Novozymes, criada uma cisão da companhia de insulina Novo Nordisk, em 2000, atualmente ocupa quase metade do mercado global de enzimas, estimado em US$ 4 bilhões. Também investe pesadamente em pesquisa e enzimas avançadas prontas para o mercado, com objetivo de evoluir na chamada segunda geração do etanol.
? Uma parte muito importante do processo de biomassa é a enzima que pode quebrar a celulose dos talos de milho, ou outros tipos de resíduos de plantas, para extrair os açúcares com os quais se produz etanol ? explica Loft.
Esse mercado pode mudar completamente a biotecnologia industrial e a indústria de enzimas, segundo a companhia.
? E isso também pode fazer a Novozymes se transformar em algo totalmente diferente ? acrescenta.
A Novozymes fechou parcerias com outras companhias, líderes na indústria de biocombustíveis, como Poet, Greenfield Ethanol, Inbicon, Lignol, ICM, M&G, CTC, COFCO, Sinopec, e Praj, para acelerar o processo de desenvolvimento e implantação da tecnologia. Loft afirma que os avanços na eficiência das enzimas devem ajudar a reduzir os custos de produção dos biocombustíveis de celulose.
Segundo o diretor, o mercado de biocombustíveis dos Estados Unidos deve se expandir sob as regras do mandato federal, cuja meta de produção é de 60,5 milhões de litros de combustíveis de segunda geração até 2022.
? Nossa estimativa é de que se precisa de dez vezes mais enzimas para quebrar toda a celulose necessária para superar o milho ? diz, referindo-se ao fato de que o grão é a principal matéria-prima do etanol nos Estados Unidos.
A Novozymes estima que o custo de enzimas será de US$ 0,30 por galão de 3,79 litros, o que atribui ao mercado de enzimas um potencial de US$ 5 bilhões para a segunda geração de biocombustíveis, apenas nos Estados Unidos, dentro de 10 anos.
? As oportunidades são tão grandes na China quanto são nos Estados Unidos. Também há uma grande oportunidade no Brasil ? aponta.
Os mercados emergentes se tornarão uma fonte cada vez mais importante de crescimento para a companhia, que obtém 14% de sua receita com pesquisa e desenvolvimento. A Novozymes possui mais de 700 produtos e 5,8 mil funcionários em 40 países.
? Estamos nesses países há muitos anos, com produção na China, na Índia e no Brasil, portanto temos uma compreensão confiante do mercado e temos crescido. Nosso pessoal nesses três países espera alcançar crescimento de receita em torno de 20% ao ano, em cada país, nos próximos cinco a dez anos ? revela.