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Núcleo de Cavalos Pantaneiros da Embrapa completa 20 anos

Trabalho de pesquisadores garantiu formação de plantel de referência genéticaO Núcleo de Criação do Cavalo Pantaneiro da Embrapa Pantanal está completando 20 anos de atividades. Criado em 1988 na fazenda Nhumirim, no Pantanal da Nhecolândia, o núcleo conseguiu, nesse período, formar um plantel de referência em termos de qualidade genética, reconhecida pelos principais criadores.

Este desempenho pode ser comprovado por meio dos últimos leilões da raça. Em setembro deste ano a potranca Caiada da Embrapa, então com 8 meses, foi vendida pelo maior preço no 13º Leilão de Elite do Cavalo Pantaneiro (R$ 24 mil), em Corumbá, durante a Feapan 2008 (Feira Agropecuária do Pantanal). Na categoria potra júnior, nenhuma outra fêmea da idade na raça Pantaneira havia conseguido este valor.

A pesquisadora Sandra Aparecida Santos, responsável pelo núcleo, disse que ele surgiu por iniciativa do pesquisador Arthur da Silva Mariante, da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia. Na ocasião, os pesquisadores Urbano Gomes Pinto de Abreu e Maria Cristina Mazza, da Embrapa Pantanal, foram para Poconé (MT) onde visitaram diversas fazenda de criação para fazer a seleção de potrancas e reprodutores.

Eles trouxeram três garanhões com idade média de 36 meses, quatro éguas com idade de 50 meses e 24 potrancas com idade média de 24 meses para formar o rebanho base. Em 1989, Sandra assumiu a coordenação do Banco de Germoplasma do Cavalo Pantaneiro, função que ocupa até hoje.

Atualmente o núcleo tem 22 éguas em reprodução e dois reprodutores.

? A população é pequena por conta da capacidade de suporte da fazenda Nhumirim e também por causa da venda anual para os criadores interessados pela raça ? disse Sandra.

A Embrapa só vende seus cavalos por leilão ou carta-convite. Também foram doados animais para a Polícia Militar e alguns foram entregues à Embrapa Gado de Corte, de Campo Grande, para serem utilizados em atividades de manejo do gado.

Desde que foi criado, o núcleo se preocupa com a conservação da variabilidade genética da raça. Freqüentemente é feita a troca dos reprodutores, adquiridos de diferentes procedências. Esse cuidado é para evitar a consangüinidade e manter a diversidade genética.

? O objetivo é conservar a raça, mantendo as características de adaptabilidade obtidas por mais de dois séculos de seleção natural. Na seleção dos animais do núcleo, há a preocupação com a conformação corporal e a funcionalidade da raça ? disse a pesquisadora da Embrapa Pantanal (Corumbá-MS).

Nesses 20 anos a Embrapa Pantanal desenvolveu estudos sobre caracterização genética, caracterização fenotípica, curva de crescimento e desenvolvimento corporal, desempenho reprodutivo, hábitos alimentares e uso do ambiente, sanidade, comportamento animal, tolerância ao calor, entre outros. As pesquisas foram feitas em conjunto com a ABCCP (Associação Brasileira de Criação do Cavalo Pantaneiro), universidades e criadores.

Todas essas informações serão reunidas em um livro ilustrado sobre o Cavalo Pantaneiro, que será lançado em 2009.

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