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Número de contratos agropecuários negociados na BM&F Bovespa cai em 2011

Já o volume financeiro negociado na bolsa brasileira durante o ano foi maiorA BM&F Bovespa registrou queda no número de contratos agropecuários negociados em 2011. Segundo a direção da bolsa brasileira, a saída dos estrangeiros, principalmente depois de medidas do governo, foi determinante para o resultado. Já o volume financeiro negociado foi maior.

O ano de 2011 foi positivo para o mercado futuro de milho no Brasil. Segundo a BM&F Bovespa, o volume de contratos negociados aumentou quase 14 % de 2010 para 2011. E houve uma valorização nos preços também. O analista da Terra Futuros, Bruno Perottoni, explica que, especialmente no fim do ano, a commodity se destacou.

– Tivemos uma valorização do contrato de 13% a 14% durante o mês de dezembro por causa do mercado de clima. Voltou a ter volatilidade e saímos de um patamar de preço de R$ 27,00 e voltou a trabalhar acima de R$ 31,00 – relata.

O milho pode ser considerado uma exceção entre os produtos mais negociados na bolsa. O volume de contratos de café caiu mais de 30%, os contratos de boi gordo 13,5%. Isso afetou o resultado geral de 2011. Houve queda de 11,6%, com pouco mais de 2,3 milhões de contratos negociados. Para o diretor de commodities da BM&F Bovespa, Ivan Wedekin, o problema foi a saída dos estrangeiros.

– O principal motivo era a incidência, até o dia 1º de dezembro de 2011 do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), de 2% nas operações de estrangeiros, dos não residentes, que davam liquidez pro nosso mercado. Por exemplo, no café, que é o nosso mercado mais internacionalizado da bolsa, há dois anos, os estrangeiros representavam 35% do total de contratos negociados na bolsa. Hoje nós estamos com uma participação de apenas 2% – relata.

Se, em 2011, a menor participação dos investidores estrangeiros foi determinante para a queda do número de contratos agropecuários negociados na BM&F Bovespa, é no retorno deles que está a principal aposta da bolsa para recuperar o volume de contratos em 2012. Mesmo considerando um cenário de crise internacional.

Em dezembro, o governo zerou o IOF. Na avaliação do diretor da bolsa, é o estímulo necessário para a volta dos investidores.

– O IOF zerou e, portanto, nós esperamos para 2012 a volta dos estrangeiros e com isso a recuperação da liquidez dos nossos mercados agropecuários. Quando você tem mais risco, os agentes precisam reduzir esse risco, e eles vêm fazer isso através da bolsa. Então, se tem mercado nervoso, tem mais negócio na bolsa – afirma Wedekin.

Na corretora, o analista também acredita no retorno do investidor estrangeiro.

– Mesmo em um cenário de crise. Justamente por esse pessoal acompanhar o mercado em um sentido mais amplo, ele tem a necessidade de exposição em commodity. Como ele tem limitação de participação lá fora e o Brasil é um player muito significativo no mercado de commodities, ele volta a atuar no mercado local – conclui Perottoni.

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