O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, esteve no canteiro de Jirau na manhã de hoje, para verificar a situação dos funcionários. Ele pediu à diretoria do consórcio que não dispense trabalhadores que moram em Porto Velho, porque iria causar um problema social na cidade. Assim, o consórcio deverá demitir parte dos que voltaram aos seus Estados de origem após a revolta na usina.
? As usinas de Jirau e Santo Antônio, no Rio Madeira, são fundamentais para o Brasil porque o país precisa de energia elétrica, mas é preciso assegurar os empregos para quem mora em Rondônia. Eu não sou deste Estado, mas entendo que é necessário manter os postos de trabalho de quem já é daqui ? disse o ministro.
Ele havia sido alertado sobre o impacto social que as demissões podem causar em Porto Velho assim que desembarcou na Base Aérea de Porto Velho antes de seguir de helicóptero para Jirau.
O presidente da Assembleia Legislativa de Rondônia, deputado Valter Araújo (PTB), disse que as autoridades precisam fiscalizar as demissões em conjunto com a Superintendência Regional do Trabalho. Ele lembrou que há um compromisso firmado pelo governo do Estado com os consórcios que constroem as usinas de Santo Antônio e Jirau para que pelo menos 70% do quadro de funcionários seja formado por pessoas que moram em Rondônia. Segundo Araújo, no caso de Jirau isso não ocorre.