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Os irmãos Balech têm uma propriedade com cerca de 600 hectares de soja e 400 de milho em Mogi Guaçu, interior de São Paulo. Como a região não é muito tradicional no cultivo de grãos, a incidência da helicoverpa ainda é pequena em relação a outros lugares.
– Ano passado nós não tivemos problemas com ela. Atualmente, também não estamos tendo, porque nós estamos efetuando o controle da lagarta com um estágio de ínstar bem pequeno e pegando as mariposas também, combatendo as mariposas – diz o produtor Charles Balech.
A presença da lagarta aumentou neste ano. E, para monitorar a praga, eles estão usando um tipo de armadilha com feromônio que atrai o macho da mariposa da helicoverpa. A cada 10 hectares, ele coloca uma armadilha. E, em quatro semanas, eles conseguiram capturar quase 600 mariposas da helicoverpa.
– Semanalmente, é feito o monitoramento das armadilhas semanalmente. E no campo, a cada dois dias, eu e os técnicos fazemos o monitoramento visual – acrescenta Balech.
Por enquanto, eles não tiveram prejuízos com a praga, porque neste ano a atenção está redobrada. Eles participaram de vários simpósios, congressos e cursos para lidar com a lagarta. Eles mesmos tentam fazer a identificação do inseto na propriedade. Mas outra opção para os produtores é a análise feita em laboratórios credenciados pelo Ministério da Agricultura, espalhados pelo país. No Estado de São Paulo, o único que está habilitado pra fazer a identificação da lagarta é o Instituto Biológico, que fica na capital paulista.
Para os produtores que não conseguem vir até a capital paulista, há a opção de enviar pelos Correios. Se for mariposa, pode mandar por um envelope. Se for a lagarta, o produtor precisa colocar a praga dentro de um recipiente com 30% de água e o restante com álcool que pode ser encontrado em qualquer supermercado. O serviço é cobrado e pode custar de R$100 a R$150.
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