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Ocupações de usinas de cana-de-açúcar em São Paulo geram tensão entre os produtores

Integrante do movimento responsável pelas ocupações afirmou à reportagem do Rural Notícias que outras invasões podem ocorrer nos próximos diasAs ocupações de usinas de cana-de-açúcar nessa última semana em todo o país agravaram a crise do setor sucroenergético. Os produtores e usineiros de São Paulo, Estado em que a maioria das ocupações aconteceu, vivem em clima de tensão.

Nos últimos quatro anos, 44 usinas fecharam as portas no Brasil, sendo 24 delas no Estado de São Paulo. Os dados são da Unica (União das Indústrias da Cana-de-Açúcar). Mais da metade da produção nacional de cana-de-açúcar depende da produção paulista. A situação dos moradores e produtores rurais de Ibirarema piorou muito nos últimos anos, é o que afirma o presidente do Sindicato Rural do Município, José Antônio Nogueira. O emprego diminuiu e a renda também. Muita gente mudou de atividade. Em Ibirarema, cerca de 60% da economia agrícola depende da cana-de-açúcar.

A segurança está reforçada na entrada da usina Pau D’alho, localizada no município. Até o proprietário, Waldimir Antunes, veio para o local na noite da última segunda, dia 8, quando teve a notícia de que a usina da família seria invadida. A informação que ele recebeu era de que os manifestantes chegariam por volta das 20h daquele dia. E ele ficou na entrada da usina por mais de duas horas, cada farol que avistava na estrada era motivo de expectativa e indignação por parte dele. Para garantir, Antunes já contratou um advogado, que entrou com uma ação cautelar para impedir a invasão.

A usina não foi invadida desta vez, mas está na mira do movimento chamado Frente Nacional de Luta na Cidade e Campo. A usina Pau D’alho está desativada desde 2012, ela se encontra em processo de recuperação judicial. Aliás, este é um dos critérios, ou justificativa, da coordenação do movimento para as invasões que aconteceram nestes últimos dias em São Paulo. São todas usinas que ou estão em processo de falência, ou em recuperação judicial ou com dívidas com a União.

A usina Pau D’alho chegou a moer 10 toneladas por dia, a produção de açúcar chegava a mil toneladas e a de etanol a 400 litros diários. A crise do setor e problemas de gestão obrigaram a empresa a fechar as portas e parar na Justiça. Quase dois mil funcionários foram demitidos. A dívida trabalhista chega R$20 milhões. Antunes diz que a usina será arrendada em 2015.

Nesta terça, dia 9, a reportagem do Rural Notícias conversou com uma das coordenadoras do movimento (veja o vídeo abaixo). Ela estava em um acampamento às margens da Rodovia Raposo Tavares, próximo ao acesso à cidade de Marília, interior do Estado. Diana do Vale disse que outras invasões vão acontecer nos próximos dias e justifica o movimento.

Confira a reportagem completa:

Clique aqui para ver o vídeo

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