>> Novo tipo de cana resistente à broca deve aumentar a competitividade do setor
– Estamos de olho no aumento de consumo – disse o vice-presidente de Operações Agroindustriais e Engenharia da companhia, Celso Ferreira.
O interesse da Odebrecht Agroindustrial pelo anidro é visível no total de usinas com equipamentos para produzi-lo, que aumentou de duas para cinco neste ano. A empresa tem um total de nove unidades em quatro Estados – São Paulo, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Su. Desde o ciclo 2011/2012, quando a ETH Bioenergia passou a se chamar Odebrecht Agroindustrial, até agora, a produção de anidro cresceu 248%.
Ainda segundo o executivo, do total da oferta de cana destinada à fabricação de etanol em 2014/2015, 55% deve ir para o anidro, porcentual bem maior que os 40% observados nesta safra, que se encerra no mês que vem. Em volume, a produção de etanol hidratado continua maior que a de anidro, embora deva cair 1,7% no ciclo que se inicia em abril, passando de 1,10 bilhão de litros para 1,08 bilhão de litros.
Perspectivas
A moagem de cana pela Odebrecht Agroindustrial deve aumentar 17,6% em 2014/2015, para 26,5 milhões de toneladas, mas Ferreira não descarta perdas em razão da severa estiagem no Centro-Sul do País. Segundo ele, as unidades de Alcídia e Conquista do Pontal, em São Paulo, e a de Rio Claro, em Goiás, são as mais prejudicadas pelo tempo seco.
– Acredito que isso terá algum impacto na nossa produção, mas ainda não é possível medir – afirmou.
Por enquanto, a previsão é de que a produção de açúcar cresça 25%, para 656 mil toneladas. Atualmente, a Odebrecht Agroindustrial tem aproximadamente 100 mil hectares de canaviais, área de que deve ir a 105 mil hectares até o encerramento do ciclo 2014/2015.