Com o compromisso de investir em melhorias nessa rodovia, a ganhadora do leilão poderá explorar por 30 anos o trecho de 850,9 quilômetros, da divisa com o Estado de Mato Grosso do Sul até a cidade de Sinop, em Mato Grosso. O trecho passa por 19 municípios e é uma importante rota de transporte de grãos, responsável pelo escoamento de até 60% da safra do Estado.
O investimento previsto é da ordem de R$ 6,28 bilhões. Essa foi a terceira etapa do Programa de Concessão de Rodovias Federais. Estão previstos a implantação de vias marginais em travessias urbanas, interseções, passarelas e melhorias em acesso, incluindo a construção de um contorno de 10,9 km em Rondonópolis.
– Queremos o setor privado em parceria com o governo, e vamos dar solução ao nosso problema de logística. De que forma? Com investimentos privados ou investimentos públicos. O importante aqui é que nós estamos enfrentando um problema logístico no Brasil – declarou o ministro dos Transportes, César Borges.
A presidente Dilma Rousseff afirmou que a licitação da rodovia BR-163 permitirá o escoamento de grãos a um custo menor. Durante cerimônia de inauguração das obras de ampliação do Berço 201 do Porto de São Francisco do Sul, no litoral norte de Santa Catarina, Dilma destacou a necessidade de o Brasil convergir portos e rodovias e aumentar sua produtividade.
– Uma das questões relevantes para a gente garantir que o Brasil cresça, que melhore a vida das pessoas, que melhorem os salários, que melhore a economia é a infraestrutura. É por isso que a gente fala que investir em infraestrutura aumenta a produtividade e vai aumentar a competitividade dos produtos brasileiros nos mercados internacionais e, portanto, aumentar a nossa riqueza – ressaltou.
O presidente da Aprosoja-MT, Carlos Fávaro, elogiou o atual modelo de concessões, dando créditos ao trabalho que o governo realizou antes nas estradas mato-grossenses.
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– As pessoas têm dificuldades em pagar mais uma tarifa, um pedágio, diante da grande carga tributária do Brasil, mas o mundo inteiro adotou esse modelo de concessão para a conservação de rodovias. É um pedágio muito mais caro ter estradas com péssima qualidade, buracos, onde se gasta mais com combustível, com manutenção e onde se perdem vidas por conta da má conservação. Um pedágio de R$ 2,63 a cada 100 km vai trazer muitos benefícios – destacou.
Já o diretor regional da Odebrecht, Renato Melo, afirma que um dos focos da empresa era a BR-163.
– Estudamos há muito mais tempo essa rodovia. Estudamos a logística do mundo, a logística no Brasil e conseguimos capturar o crescimento naquela região acima do PIB brasileiro – afirma Renato Melo, diretor regional da Odebrecht.
