Oeste da Bahia ganha mais três cultivares de soja

Novas cultivares serão apresentadas ao público durante evento promovido pela Fundação BahiaNa safra 2011/12, os produtores do oeste baiano contarão com três novas cultivares de soja desenvolvidas pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa), em parceria com a Fundação Bahia. São duas cultivares convencionais e uma transgênica, todas com alta adaptabilidade e estabilidade genética, além de arquitetura e porte que facilitam o manejo e o controle de pragas e doenças.

As novas cultivares BRS 313, BRS 314 e BRS 315 RR serão apresentadas ao público durante a Passarela da Soja, evento promovido pela Fundação Bahia há 13 anos, que neste ano será realizado em 12 de março, na Fazenda Maria Gabriela, em Roda Velha, distrito de São Desidério (BA). A BRS 313 e a BRS 314 são cultivares convencionais, enquanto a BRS  315 RR é  transgênica, resistente ao glifosato.

Todas devem ser plantadas entre o início de novembro e meados de dezembro no Oeste da Bahia e apresentam produtividade superior a três mil quilos por hectare.

Com resistência moderada aos nematoides de galha, a BRS 313 é uma cultivar precoce de 113 a 115 dias. Ela pode ser usada com uma densidade de semeadura de 260 mil a 320 mil plantas por hectare e tem um porte muito bom, com altura de planta de 90 centímetros e tipo de crescimento indeterminado. Já a BRS 314 não apresenta resistência específica, mas tem uma sanidade geral muito boa e é do grupo de maturação tardio, variando de 125 a 133 dias. Apresenta crescimento determinado com porte alto, em torno de 90 cm, e deve ser plantada com uma densidade de semeadura entre 220 mil a 300 mil plantas por hectare.

A BRS 315 RR, além de sua resistência ao glifosato, é do grupo de maturação médio, variando de 118 a 124 dias, e deve ser plantada com uma densidade de semeadura de 240 mil a 300 mil plantas por hectare. Tem altura média de 75 centímetros e crescimento determinado.

? Todas as três cultivares são ótimas opções para todos os tipos de produtores do oeste baiano e apresentam sanidade muito boa ? explica o pesquisador da Embrapa Soja (Londrina/PR), José Ubirajara Vieira Moreira.