– A questão é a qualidade. Estamos colhendo um produto graúdo agora, mas quando chegar à metade, 70% da colheita, a qualidade do produto vai diminuir. Então, nosso preço que seria, vamos supor, vendido a R$ 18,00 ou R$ 20,00, lá na ponta eu vou vender a R$ 12,00 ou R$ 13,00, que vai dar na média de R$ 15,00, que vão cobrir exatamente só o custo. Quer dizer, com este preço de hoje não cobre nem o custo – diz.
A expectativa do produtor é de colher 40 mil caixas de tomates até o fim da colheita, em junho. Para ajudar a realizar o procedimento da melhor forma possível, ele relata ter contratado 25 pessoas.
– Dependendo da lavoura, algo em torno de 5% a 10% são tomates miúdos ainda. Então, nós temos que fazer a seleção para fazer o comércio. Saber qual o percentual deste tomate miúdo – aponta.
Segundo Gerson, a qualidade do seu produto preocupa tanto quanto a dos outros agricultores. Ele diz que o temor maior é em relação aos produtos do Paraná e de Minas Gerais, que são colocados no mercado em grande quantidade, em função do clima quente, que acelerou a maturação das frutas.
Na opinião do coordenador da Ceasa de Campinas (SP), Marcio de Lima, a safra de tomates no Brasil inteiro foi boa este ano.
– Em relação ao ano passado, estamos com oferta aumentada de 20 a 25%, mas nada anormal para o período e para essa época.