O Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) divulgou sua estimativa de oferta e demanda de milho em Mato Grosso referente à safra 2021/22. Em boletim, o Imea informou que a projeção de oferta no estado foi reajustada para 40,57 milhões de toneladas, avanço de 24,56% em relação ao ciclo 2020/21.
“A alta está em acordo com a estimativa de produção, que foi ampliada para 40,56 milhões de toneladas, dado ao aumento da área e boas perspectivas quanto ao desenvolvimento produtivo da safra”, cita o instituto.
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Também foram revisados os números relativos ao consumo interno de milho no estado, para 11,92 milhões de toneladas, recuo de 1,22% ante a estimativa anterior, “decorrente do ajuste nas estimativas de compras de milho de algumas usinas no estado”, diz o Imea.
Em relação à demanda de outros estados, esta deve alcançar 3,42 milhões de toneladas, acréscimo de 1,81% ante o relatório anterior, “pautado pela redução nas estimativas iniciais da produção da primeira safra do cereal no Sul do país”.
Quanto às exportações de milho mato-grossenses, o Imea projetou embarques de 24,73 milhões de toneladas, ajuste 4,14% superior em relação à estimativa anterior. As exportações devem ser, ainda, 61,8% maiores em relação à safra passada, em razão da menor oferta global, sobretudo pela quebra da safra sul-americana e incertezas quanto à safra da Ucrânia, diz o instituto. Já em relação à safra passada, referente ao ciclo 2020/21, o Imea manteve suas estimativas de oferta em 32,57 milhões de toneladas, “uma vez que a produção foi consolidada em 32,56 milhões de toneladas”.
“Frente à temporada anterior, essa estimativa representa uma queda de 8,16%, em reflexo das intempéries climáticas durante o desenvolvimento do cereal nas lavouras”, cita o boletim desta segunda-feira.
Quanto ao consumo total do milho produzido em Mato Grosso, estima-se, para a safra 2020/21, queda de 8,17% frente à safra anterior, o que corresponde a 32,57 milhões de toneladas. Dentro disso, o consumo em Mato Grosso foi reajustado negativamente pelo Imea e ficou previsto em 11,36 milhões de toneladas, “dada a perspectiva de menor consumo para ração, uma vez que o aumento nos custos de produção dessas culturas no estado tem limitado a ampliação da produção”.