A disponibilidade de milho no Estado de São Paulo deve registrar uma recuperação da oferta em 2015, conforme avaliação da Câmara Setorial de Milho, vinculada à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado.
Isso deve ocorrer graças ao crescimento da produção na safra 2014/2015, que alcançará 4,115 milhões de toneladas, um aumento de 12,8% ante 2013/2014 (3,660 milhões de toneladas). A safra 2014/2013 foi prejudicada pela falta das chuvas e altas temperaturas, provocando um aumento da importação do cereal de outros Estados.
O balanço mostra que o Estado de São Paulo deve consumir 8,303 milhões de toneladas de milho em grão este ano, o que representa aumento de 2,7% em comparação com o ano anterior (8,082 milhões de toneladas). Com o aumento da produção interna paulista, a importação do grão deverá cair 3,4%, para 4,748 milhões de toneladas. Considerando estoque de passagem de 623 mil toneladas, a oferta total deverá superar a demanda, alcançando 9,485 milhões de toneladas.
Em virtude da valorização do dólar a partir do início do ano, “a expectativa é de que haja um aumento de 9,4% nas exportações de milho em comparação ao ano anterior, atingindo 475 mil toneladas”, informa o pesquisador Maximiliano Miura, pesquisador do Instituto de Economia Agrícola (IEA), órgão ligado à Secretaria de Agricultura.
O aumento da produção paulista de milho é uma boa notícia para os produtores de proteína animal, observa em comunicado o secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado, Arnaldo Jardim. Segundo ele, avicultores e criadores de rebanho de corte e leite, principalmente, utilizam o grão para compor a dieta de suas criações no período de entressafra.
O consumo de milho em São Paulo está dividido em animal, industrial e não comercial. O consumo animal com 6,46 milhões de toneladas corresponde a 78% do consumo total no Estado. A avicultura de corte é a maior demandante, com 2,6 milhões de toneladas e uma participação de 40% no consumo setorial. Seguida da avicultura de postura, que consome 1,2 milhão de toneladas de milho, da suinocultura com 969 mil toneladas, da pecuária de leite com 430 mil toneladas, da pecuária de corte com 207 mil toneladas e do segmento de outros animais com 1,03 milhão de toneladas.