? Enquanto as pessoas não entenderem que essa é uma crise de confiança, enquanto não conseguir fazer o crédito entre os bancos se restabelecer, ela não vai passar ? disse.
Questionado se a situação já não estaria voltando ao que era antes de setembro do ano passado, argumentou que, por enquanto, isso “não está tão visível assim”. Apesar disso, considera que dentro de “três ou quatro trimestres o nível de crédito pode voltar ao nível anterior”.
Essas afirmações foram feitas após uma sessão dos seminários O Estado da Arte em Economia, que são encontros acadêmicos organizados por Delfim Netto na Universidade de São Paulo (USP).
Delfim Netto reconhece que, embora o Brasil não tenha escapado imune, “está numa situação melhor do que sempre esteve”. Só que por estar em um mercado globalizado, conforme adverte, “o Brasil vai pagar o ônus de estar no mundo”.
Segundo ele, a duração e o nível do efeito da crise de liquidez no Brasil dependem em parte do rumo a ser tomado pelas instituições norte-americanas. Mas Delfim considera que há um fator favorável que desvincula o país dos demais:
? Os bancos brasileiros têm uma relação mais rígida com os seus clientes e o Brasil Central, finalmente, entendeu que tem mais musculatura para poder dar suporte ao sistema.