Neste processo, Baron acredita que os governos precisariam mudar o foco de seu apoio, de combustíveis fósseis para os renováveis.
? No Brasil, por exemplo, os subsídios para a indústria do petróleo são dez vezes superiores aos dados aos renováveis ? explica.
No mundo, enquanto os combustíveis renováveis recebem investimentos de US$ 45 bilhões, os fósseis recebem US$ 500 bilhões. Mesmo assim, as receitas com etanol estão crescendo nos países produtores. Baron informa que, no Brasil, o faturamento com as vendas de etanol deve somar, em 2010, US$ 12,5 bilhões ante US$ 10 bilhões em 2009.
Além do etanol, Baron citou oportunidades de diversificação também na cogeração de energia através da biomassa e da produção de produtos bioquímicos a partir da cana. Para o Brasil, Baron estima que a potencial para produzir bioeletricidade do bagaço saia de 12 mil MW em 2010/11 para 28 mil MW em 2018/19.
Segundo ele, contudo, a capacidade instalada em 2010/11 é de apenas 6 mil MW, devendo atingir 21 mil MW em 2018/19.
? O potencial da cogeração é enorme e apenas 15% de seu potencial foi explorado até o momento. Baron disse também que o Brasil é o país onde se paga menos pela energia de cogeração, apenas 8,5 cents por kWh. Em países como a Índia e o Quênia, o preço pago é de 11 cents por kWh.
O executivo disse também que a cana-de-açúcar pode ocupar uma fatia de 20% para fornecer matéria-prima para a fabricação de bioplásticos.
? Estes novos mercados têm condições de absorver os superávits de açúcar e etanol e tornar o mercado mais eficiente. Diversificando a produção, o setor irá se tornar mais seguro e mais competitivo ? afirma.