Paste this at the end of the

tag in your AMP page, but only if missing and only once.

OIC: Seca no Brasil pode gerar déficit global de 4 milhões a 5 milhões de sacas de café

Estoques mundiais estão em patamar confortável, devido às duas últimas safrasA Organização Internacional do Café (OIC) fez nesta sexta, dia 26, um diagnóstico pessimista sobre as perspectivas do mercado global do produto. A entidade entende que a seca que afeta as principais regiões produtoras do Brasil deverá reduzir a produção brasileira e fará com que o planeta tenha déficit na oferta de café na atual safra 2014/2015 e também na futura safra 2015/2016. A estimativa da Organização aponta que o mercado mundial deve registrar déficit entre 4 milhões e 5 milhões de sacas

• Banco Mundial: crédito daria previsibilidade ao setor de café

– Foram dois anos de muita seca no Brasil, o que reduziu a produção do café, especialmente do tipo arábica – disse o chefe de Operações da OIC, Maurício Galindo.

Segundo Galindo, o fenômeno climático prejudicou especialmente Minas Gerais, maior produtor de café arábica do país.

– Isso mudou as condições do mercado, que passou a ter déficit na oferta – disse.

A OIC espera que o Brasil encerre a atual safra com 45,14 milhões de sacas produzidas, volume 8,2% inferior ao registrado na safra 2013/2014. A referência da entidade são os números já apresentados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Estoques

O nível dos estoques mundiais diminuiu, mas ainda está em um patamar considerado “confortável” pela OIC. São os estoques acumulados após duas safras recordes no país (2013/2014 e 2014/2015) que garantirão o suprimento do grão diante da queda da atual produção.

– Os estoques estão em um nível confortável atualmente. Tivemos dois anos de boa safra no Brasil e, a não ser que tenhamos outra grande forte seca, a situação é confortável – disse o diretor-geral da OIC, Robério Silva.

Apesar do discurso tranquilizador, a queda da produção brasileira diminui os estoques existentes e o tema tem de ser acompanhado.

– Isso (queda dos estoques) dá mais vulnerabilidade para o mercado, diminui esse colchão – disse Silva.

A maioria do estoque brasileiro é do tipo arábica, exatamente o que mais sofre com a seca nas regiões produtoras. Com a manutenção do ritmo forte de exportações do Brasil, porém, os estoques tendem a “cair pesadamente” este ano, cita a entidade.

Sobre as perspectivas para a safra 2015/2016 no Brasil, Silva disse que é “muito cedo para projetar números”. O dirigente afirmou que é preciso aguardar os números do governo, que balizam as estimativas da entidade. Na terça, dia 23, o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Gerardo Fontelles, explicou que o governo vai esperar mais alguns meses para aguardar a evolução das chuvas, o que afeta diretamente a florada dos cafezais. Fontelles defende que previsões mais precisas sobre a nova safra poderão ser feitas entre dezembro de 2014 e janeiro de 2015.

Agência Estado
Sair da versão mobile