O acordo prevê que técnicos brasileiros ensinem os governos da Bolívia, Equador, Paraguai e Timor Leste a desenvolver ações de combate ao trabalho infantil que deram certo no Brasil. Entre elas, a fiscalização, a lista de piores formas de exploração e os métodos de pesquisa para conhecer as características do problema.
Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), o Brasil é reconhecido por ter reduzido em mais de 50% o número de crianças e adolescentes explorados. Porém, atualmente, cerca de quatro milhões ainda vivem nessa situação.
O coordenador do Programa para Eliminação do Trabalho Infantil da OIT, Renato Mendes, disse nesta segunda, dia 26, que, em geral, as crianças e os adolescentes em situação de trabalho escravo têm atividades voltadas para a agricultura familiar, domésticas e comércio urbano no Brasil.
De acordo com Mendes, os Estados do Piauí, Maranhão e Tocantins são os que apresentam os números mais expressivos do país.
? Os últimos dados indicam que os números estão caindo no Piauí e Maranhão e infelizmente tendo elevação no Tocantins ? disse ele.
A diretora do Programa Internacional para Erradicação do Trabalho Infantil, Michelle Jankanish, destacou o esforço do governo federal no combate ao trabalho escravo entre crianças e adolescentes. Para ela, o “Brasil conseguiu gerar novas competências e aumentar os esforços” para eliminar o problema.