O relatório chamado O Custo da Coerção mostra também que, em todo o mundo, as vítimas de trabalho forçado deixam de receber uma renda de US$21 bilhões por ano, e o valor não inclui a exploração sexual.
? O relatório de 2005 fazia uma estimativa de qual era o lucro que os empregados inescrupulosos e agentes empregadores tinham, e chegava à cifra de US$ 32 bilhões ao ano. Neste relatório de 2009, se faz um cálculo de que os trabalhadores e trabalhadoras submetidos ao trabalho forçado deixam de receber no conjunto US$ 21 bilhões ao ano ? afirmou a diretora do escritório da OIT no país, Laís Abramo.
O documento aponta o Brasil como uma das experiências mais avançadas no combate ao problema. A nação possui um grupo móvel de fiscalização, um plano nacional de erradicação de trabalho escravo e um envolvimento do setor privado com o tema. Porém, um dos obstáculos que pode comprometer mais avanços nesta área, tanto no Brasil como no mundo, é a crise econômica.
? A OIT chama a atenção desde o começo da crise econômica justamente para a possibilidade de um aumento do desrespeito aos direitos trabalhistas com um possível retrocesso das situações de trabalho infantil, trabalho forçado, exploração, justamente porque a crise afeta de maneira mais forte as pessoas em situação de vulnerabilidade ? completa Laís.