O óleo de soja, por exemplo, ficou mais caro em 16 das 17 capitais pesquisadas pelo órgão em setembro. O maior aumento, de 9,83%, foi registrado em Salvador. Apenas em Natal o preço do produto registrou queda, de 2,39%. No acumulado dos últimos 12 meses, o preço do óleo subiu em 13 capitais, lideradas por Goiânia (21,54%).
? A demanda internacional pela soja foi a principal causadora do aumento no preço do produto, mas outra explicação para isso foi o estoque mais reduzido ? explicou o Dieese em comunicado.
A carne e o pão, por sua vez, subiram em 15 capitais, de acordo com o Dieese, entre agosto e setembro. Nessa base de comparação, o maior aumento da carne foi registrado no Rio de Janeiro (8,31%). Em 12 meses, a carne subiu de preço em todas as 17 capitais pesquisadas, com o aumento mais expressivo, de 34,20%, observado em Goiânia.
Segundo o Dieese, a queda das exportações de carne em decorrência da crise financeira internacional “fez com que, para reduzir custos, os produtores abatessem boa quantidade de matrizes, causando a falta de bois, neste momento, para atender os mercados interno e internacional”. Outro motivo levantado pelo órgão foi o efeito prejudicial da estiagem sobre os pastos.
O maior aumento do pão na comparação mensal, por sua vez, foi registrado no Rio de Janeiro, de 3,77%. Em 12 meses, o alimento ficou mais caro em 15 das 17 capitais, com destaque para Vitória (10,97%).
? A redução da produção brasileira obrigou a aumentar a importação de trigo, matéria-prima do pão ? explicou o Dieese.
Em São Paulo, oito produtos da cesta ficaram mais caros em setembro frente a agosto. Foram eles: carne (5,70%), óleo de soja (5,33%) tomate (3,86%), pão (3,49%), farinha de trigo (2,25%), banana (1,84%), café (1,31%) e açúcar (0,55%). As reduções de preços foram lideradas por batata (-8,70%), feijão (-3,98%), manteiga (-1,18%), arroz (-0,98%) e leite (-0,43%).