A mosca-branca-do-cajueiro faz estragos na cultura em 36 dias, passando pelas fases de ovo, ninfa e adulta. Para o coordenador da pesquisa, Paulo Henrique Soares, nas fases de ninfa e adulta, a praga se alimenta da seiva da planta e injeta também toxinas. As fezes adocicadas da mosca-branca, depositadas nas folhas do cajueiro, servem para o desenvolvimento de fungos de coloração escura, que interferem na fotossíntese e respiração da planta, provocando danos.
O ataque da mosca-branca aos cajueiros do Nordeste, principalmente no semiárido, é mais intensivo na seca. Nesse período começa a reprodução da planta, com o surgimento das flores e o desenvolvimento da castanha e do pendúnculo. Também nessa fase as abelhas coletam néctar e pólen, contribuindo, assim, na polinização das plantas.
Os pesquisadores da Embrapa concluíram que a aplicação de agrotóxicos, na tentativa de controlar a mosca-branca, é perigoso, sendo que não há registro específico para o controle da mosca-branca no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Os defensivos agrícolas registrados para o combate às pragas do cajueiro são extremamente tóxicos às abelhas.