? Os cientistas estão preocupados com as possíveis mudanças que possam acontecer quando o vírus A (H1N1) se estender ao Hemisfério Sul e se encontrar com os vírus humanos que circulam neste momento em que começa a estação da gripe normal ? destaca o texto.
Também é motivo de alarme “o fato de que o vírus H5N1 da gripe aviária está firmemente instalado nos frangos em algumas partes do mundo. Ninguém pode prever como reagirá este vírus sob a pressão de uma pandemia”, afirma.
Partindo da base de que a gravidade que uma pandemia ? medida pelo número de casos de doenças graves e de mortes ? depende, principalmente, da virulência do vírus, a OMS destaca que muitos outros fatores influem no impacto que possa ter.
? A gravidade geral de uma pandemia é muito influenciada pela tendência a se estender por todo o planeta em pelo menos duas ondas, mas, às vezes, até em três ? afirma o documento.
Desde o começo da atual crise da gripe A, a OMS vem advertindo que os vírus são “imprevisíveis” e podem sofrer mutação para formas mais perigosas, embora, a princípio, pareça que só causa sintomas leves, como é o caso na maioria dos países afetados até agora.
Além dessa capacidade de mutação do vírus, a OMS indica, como exemplo, que se uma primeira onda afetar principalmente estudantes, os idosos podem ser os mais afetados em uma segunda onda, que teria uma mortalidade muito maior pelo fato de os segundos serem mais vulneráveis.
? Durante o século passado, a pandemia de 1918 começou leve e retornou depois de seis meses, de uma forma muito mais letal ? lembra a OMS.
A qualidade dos serviços de saúde em cada país influi no impacto de qualquer pandemia, afirma o documento. Mais concretamente sobre a situação atual, a OMS destaca que o A (H1N1) é “um vírus novo que nunca foi visto antes em pessoas ou animais”.
Por isso, os cientistas tiram a conclusão de que “a imunidade ao vírus será baixa ou quase inexistente” entre a população mundial.
Outro aspecto é que o vírus da gripe A “parece ser mais contagioso que o da gripe sazonal”, e a “taxa de ataque secundário” ? porcentagem de pessoas que são infectadas por contato com pessoas doentes ? é de entre 22% e 23% no A (H1N1) e só de 5% a 15% na gripe comum.
Apesar de ser conhecida como gripe suína, a doença não apresenta risco de infecção por ingestão de carne de porco e derivados.