ONU clama por revolução verde na África

Medida é vital se o continente pretende reduzir pobreza e fome até 2015Uma "revolução verde" liderada pelos pequenos agricultores da África e aproveitando as últimas tecnologias e inovações é vital se o continente pretende reduzir a pobreza e a fome até 2015, de acordo com estudo da Organizações das Nações Unidas (ONU).

O relatório sobre Tecnologia e Inovação, emitido pela Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD, na sigla em inglês), alerta que “técnicas agrícolas ineficazes e práticas despendiosas de pós-colheita” fazem com que a África subsaariana seja a região do planeta com mais dificuldade em atingir as metas sugeridas pela ONU para desenvolvimento no milênio.

A agricultura é a base de várias economias africanas e emprega a maior parte de trabalhadores em idade economicamente ativa. Porém, a produção de comida per capita diminuiu um quinto nos últimos trinta anos na região.

Segundo o texto, os agricultores podem se beneficiar de tecnologias baratas como irrigação por gotejamento e tanques plásticos de água para armazenar excedentes, em vez de investirem em sistemas de irrigação modernos originalmente destinados a fazendas maiores.

De acordo com a UNCTAD, o maior desafio é oferecer suporte aos agricultores familiares, quase a totalidade dos que trabalham no campo na África, sobretudo os que vivem na ou abaixo da linha de pobreza.

Enquanto reconhece que não existe milagre, o relatório identifica vários passos que poderiam ajudar a melhorar a produtividade da agricultura africana, inclusive estreitar laços humanos e institucionais, ao incluir as demandas dos produtores no desenvolvimento de políticas públicas e auxiliá-los a operar no mercado.