Numa resolução adotada por 122 votos a favor, nenhum contra e 41 abstenções, a Assembléia também estipulou que o acesso aos cuidados básicos de saúde é um direito, uma vez que a poluição da água é uma das principais causas de mortalidade em países mais pobres.
O texto, proposto pela Bolívia e copatrocinado por 33 outros estados membros da ONU, disse que mais de 2,6 milhões de pessoas vivem sem saneamento adequado, o que contribui para a morte anual de 1,5 milhões de crianças de doenças relacionadas à falta de saneamento.
Antes da votação, o embaixador da Bolívia na ONU, Pablo Solón, destacou a importância de compreender o acesso à água e ao saneamento como direitos e torná-los realidade.
? De acordo com o relatório da Organização Mundial da Saúde 2009 e UNICEF, a cada dia 24 mil crianças morrem nos países em desenvolvimento por causas evitáveis, como resultado de diarréia em água contaminada. Isto significa que uma criança morre a cada três segundos e meio ? disse Solon.
A resolução pede que todos os países e organizações internacionais forneçam recursos financeiros e tecnologias para alcançar o acesso universal barato à água potável e ao saneamento. Também sublinha a responsabilidade dos estados para promoverem e protegerem com o mesmo zelo todos os direitos humanos.