Opção por árvore artificial leva produtores de tuia de São Paulo ao prejuízo

Com a menor procura pela planta, os produtores também tiveram que reduzir os preçosA opção por árvores artificiais para as festas de final de ano está trazendo prejuízos para os produtores de tuias em São Paulo. Com a proximidade do natal, o mercado deveria aquecer, mas nos últimos anos vem reduzindo cada vez mais.

O produtor, Maurício Bueno, planta tuia há 30 anos em Palheiras, em São Paulo, ele diz que nos últimos seis anos a procura pela planta natural tem diminuído bem.

– Acho que diminuiu quando começou a aparecer muita artificial no mercado.  O pessoal optou pela artificial e, consequentemnete, diminuiu a venda da natural – destaca.

– Antes as pessoas vendiam em toda esquina, hoje, já não é assim. As pessoas estão optando pela árvore artificial. É mais fácil, fica guardada, só monta no final do ano e pode durar toda a vida.  O pinheirinho natural só dura 30 dias – diz o vendedor de tuias, Joaquim Armando.

Para ter uma árvore de dois metros, que já foi a mais procurada para o natal, o produtor tem que esperar no mínimo quatro anos. Com o mercado em baixa, essa espera não tem valido a pena. O custo é alto e o retorno incerto.

Bueno resolveu diminuir a produção de árvores para o natal e investir em paisagismo, cultivando plantas que vendem o ano todo. Ele conta que a produção de tuias, que já chegou a 20 mil por ano, hoje, não passa dos dez mil pés.

– No começo a gente vendia 20 mil árvores em um ano. Hoje, com o passar do tempo foi caindo, diminuindo a produção. Vendo uns três mil por ano – lamenta o produtor.

Com a menor procura pela planta, os produtores também tiveram que reduzir os preços. Uma árvore de tuia custa R$ 15 a menos do que em novembro do ano passado.

– O preço vem diminuindo como a produção. Hoje, o de um metro está saindo na faixa de R$ 25. Há um ano vendia entre R$ 30 e R$ 40 – diz Armando.

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