– O problema era a temperatura. Constava na embalagem que o produto deveria estar em até 8°C e estava em torno de 12°C a 13°C. Então, impróprio para consumo. Poderia fazer mal a alguém, se consumisse – explica.
Mais de 250 toneladas de produtos de origem animal foram fiscalizadas, de acordo com Amaral.
– Eles têm que seguir uma série de temperaturas, dependendo do produto. Tem uma variação da temperatura, de acordo com a legislação, na qual a gente se baseia. Temos um termômetro que afere a temperatura na hora no produto e vemos se ele está bom para consumo ou não – diz.
Um caminhão de pão, por sua vez, apresentou problemas com a nota fiscal, que tinha data do dia anterior, mas as embalagens estavam marcadas com data desta quinta. Para esses casos, a Receita Estadual atua em parceria com a Secretaria de Agricultura. As abordagens na estrada também contam com o apoio do Batalhão Fazendário da Brigada Militar.
A cada 15 dias, as equipes são deslocadas para regiões com maior movimentação de cargas ou para as que são denunciadas. A coordenadora da equipe de fiscalização, Juliane Galvani, aponta que, desde o início da operação, 26 barreiras foram feitas e 835 veículos foram vistoriados. Propriedades também entram em vistoria.
– Houve estabelecimentos que foram interditados. A carne no local foi apreendida, o que é preocupante, porque, como o consumidor desconhece a origem do produto que está consumindo, muitas vezes, isso pode ser um risco potencial de toxinfecções e doenças como tuberculose. Então, a nossa ação visa justamente coibir esse tipo de situação – afirma.
No momento da apreensão, as empresas são autuadas e têm até 15 dias para recorrer. Caso contrário, podem ser multadas. Até o momento, já foram aplicados mais de R$ 220 mil em multas em 17 autos de infração. A operação segue até o dia 2 de março.