As equipes do Ibama constataram que as 13 serrarias instaladas na região comprometeram 80 mil dos 250 mil hectares que compõem a área indígena, aterraram um rio e mantiveram trabalhadores em situação semelhante ao trabalho escravo.
Os proprietários da serrarias não foram localizados, mas os computadores e vários documentos com anotações foram apreendidos. Pelo menos 10 pessoas poderão ser indiciadas e, de acordo com a análise do material apreendido, poderão responder por receptação de madeira ilegal.
Com 32 mil habitantes, o município tinha o crime ambiental como principal atividade econômica. A prefeitura estima que, com o fechamento das serrarias ilegais, 1,7 mil trabalhadores irão ficar sem empregos.
Uma parte da madeira apreendida vai ser leiloada e a outra será doada ao município para ser usada na construção de casas populares. Segundo o Ministério do Meio Ambiente (MMA), o dinheiro arrecadado com o leilão será aplicado em projetos de preservação ambiental.
A operação contou ainda com o apoio da Força Nacional, Polícia Rodoviária Federal (PRF), Polícia Militar Ambiental, Fundação Nacional do Índio (Funai).